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Fotos: ShutterStock (ID 2172102037) e Colégio Nossa Senhora do Carmo

Dia de Nossa Senhora do Carmo e o primeiro Colégio das FMA no Brasil

No dia 16 de julho, celebra-se o Dia de Nossa Senhora do Carmo, uma das devoções marianas mais queridas e antigas da Igreja Católica. Este dia é dedicado a homenagear a Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora do Monte Carmelo, uma referência ao Monte Carmelo, na atual Israel, onde a tradição carmelita teve início. 

A origem da devoção a Nossa Senhora do Carmo está ligada aos eremitas que, no século XII, se estabeleceram no Monte Carmelo, em Israel. Esses religiosos, inspirados pelo profeta Elias, viviam em oração e contemplação, dedicando suas vidas à Virgem Maria. Eles fundaram a Ordem dos Carmelitas, que rapidamente se espalhou pela Europa e, posteriormente, pelo mundo. Uma das tradições mais significativas associadas a Nossa Senhora do Carmo é a visão de Simão Stock, prior geral da Ordem dos Carmelitas, no século XIII. Segundo a tradição, a Virgem Maria apareceu a Simão Stock em 16 de julho de 1251 e entregou-lhe o escapulário, objeto devocional que contém uma imagem do Sagrado Coração de Jesus e outra de Nossa Senhora, que se usa dependurado no pescoço. Ela prometeu proteção especial e a graça da salvação a todos que usassem o escapulário com devoção.

O escapulário de Nossa Senhora do Carmo se tornou um símbolo de devoção mariana e um sinal de proteção. Ao longo dos séculos, inúmeros fiéis adotaram o uso do escapulário, vendo nele uma expressão de sua fé e confiança na intercessão da Virgem Maria. Além do escapulário, a devoção a Nossa Senhora do Carmo também se manifesta em diversas tradições e festas populares. Em muitas localidades, procissões, missas solenes e novenas são realizadas em sua honra, reunindo milhares de fiéis que celebram sua fé e agradecem as graças recebidas.

COLÉGIO NOSSA SENHORA DO CARMO

O primeiro colégio das irmãs salesianas Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) no Brasil foi dedicado a Nossa Senhora do Carmo. A instituição, localizada em Guaratinguetá (SP), foi fundada há 132 anos (1892) e recebeu o nome de Colégio Nossa Senhora do Carmo pela devoção de seu fundador, Monsenhor João Filippo, que foi o grande mediador pela vinda das FMA para o Brasil. 

Naquela época, preocupado com a educação, Monsenhor João Filippo fundou um colégio para meninos e construiu o Colégio Nossa Senhora do Carmo para as meninas com a intenção de entregá-lo às Filhas de Maria Auxiliadora. Assim está descrito na Crônica do Colégio Nossa Senhora do Carmo: “O Colégio é um sobrado que tem acomodações para mais de 400 meninas, com vastíssimos salões perfeitamente arejados, reunindo todos os requisitos da mais escrupulosa higiene, servido por uma canalização de água potável de primeira qualidade e abundante, exclusivamente do Colégio. No centro, há uma área espaçosa no meio da qual levanta-se uma coluna que serve de chafariz. A Capela é de ótimo gosto, elegante, avarantada, podendo as alunas ouvir missa e assistir aos demais ofícios do culto”.

Padre Luís Lasagna apresentou a proposta a Dom Rua, então Superior da Congregação Salesiana, que aceitou a solicitação e a generosa oferta de Monsenhor João Filippo e, no dia 20 de abril de 1892, o Colégio Nossa Senhora do Carmo é inaugurado. 

O Dia de Nossa Senhora do Carmo é mais do que uma simples data no calendário litúrgico; é uma expressão viva da fé e devoção dos católicos ao longo dos séculos. A história, os milagres e a promessa do escapulário continuam a inspirar milhões de fiéis ao redor do mundo, lembrando-os da presença amorosa e protetora da Mãe de Deus em suas vidas.

Escrito por Janaína Lima, com informações de Crônica do Colégio Nossa Senhora do Carmo e colegiodocarmo.com.br

Foto: Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório

Memória do Martírio de Padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo

Chegou o mês de julho. E em Meruri — a entranhada aldeia dos índios Bororo — fez-se uma histórica “aliança no sangue”, entre o indígena e a missão. 

Em memória dos 48 anos do martírio de Padre Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo, confira o artigo/relíquia histórica postado em 2021 pela Sra. Eunice Dias de Paula, na época, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) - regional Mato Grosso, hoje aposentada:

“Às 11 horas da manhã do dia 15 de julho, a Colônia Indígena de Meruri, no Leste mato-grosssense, foi atacada por 62 fazendeiros armados, cujas terras estão dentro da reserva Bororo, que começara a ser demarcada pela funai na antevéspera. O Padre Rodolfo Lunkenbein, missionário salesiano, de 37 anos, e o índio Simão Cristino foram mortos; outros quatro Bororo ficaram feridos. Um dos atacantes também morreu, atingido por uma bala perdida de seus próprios companheiros.” (Movimento n.° 56, julho de 1976 — os grifos são meus.)

Aquele mesmo dia 15 eu tinha escrito uma carta ao Padre Rodolfo e a seu companheiro, o bom Padre Ochoa, colocando em letra maiúscula o nome de Rodolfo, por uma inconsciente distração que viria a ser profética. Aquele homem alemão, generoso, alto de corpo e de espírito, puro em seus olhos de criança, azuis, e aberto sempre em sorriso, seria o primeiro a selar os compromissos assumidos na I Assembleia Missionária Indigenista de Goiânia.

O missionário já não morria matado pelo índio, como nas antigas histórias. Morria pelo índio, amado na totalidade de seu ser e de seus direitos, visto não apenas como uma alma a salvar. Morria pela Terra do índio que estava sendo invadida, demonstrando assim saber muito bem como — segundo o Parlamento índio de San Bernardino, de outubro de 1974 — ‘o índio é a própria terra’.

E o índio — neste caso o doce e fiel Simão, aquele que ‘nunca zangava’ — morria pelo missionário. ‘Só para acudir o padre’, como dizia o velho cacique Eugênio — Aidji Kuguri —, Simão morria e outros quatro Bororo ficavam feridos. Só para socorrer o padre: ‘de mãos limpas, de corpo limpo’, que ‘nem canivete eles tinham consigo’.

Eu fui a Meruri, com Leo, três dias depois. Nunca mais esquecerei aquele morro nítido no azul, as grandes árvores ondulando, a água muda e as folhas revoando, a praça, quase colonial, ao sol, e seu improvisado sino, as missionárias salesianas em branca desolação e os índios todos cantando naquela missa que celebramos pelos Mártires, com um lamento índio que emocionava profundamente, durante a comunhão.

Pus toda a minha alma naquela missa, palavra. E entreguei ao cacique Eugênio o báculo — meio borduna, meio remo — de pau-brasil que os índios Tapirapé me haviam ofertado em minha sagração episcopal. Com isso, eu dava aos Mártires, aos Bororo, à missão salesiana de Meruri, o melhor tesouro que eu tinha.

Aquela noite escrevi no “livro de Presença” da missão:
‘Esta tarde celebramos, com a Morte gloriosa do Cristo, a morte gloriosa do Rodolfo e do Simão, o sangue da Teresa, do Lourenço, do Zezinho e do Gabriel; a angústia e a solidariedade do Ochoa, dos Bororo, dos missionários salesianos de Meruri!

15 de julho é uma data histórica na História da nova Igreja Missionária. Rodolfo e Simão são mais dois mártires, perfeitos no Amor, segundo a Palavra do Cristo: o índio deu a vida pelo Missionário; o Missionário deu a vida pelo Índio. Para todos nós, índios e missionários, este sangue de Meruri é um compromisso e uma Esperança. O índio terá terra! O índio será livre! A Igreja será índia! Com o abraço da Igreja indígena e sertaneja de São Félix…’

Escrevi também, para a solene missa fúnebre da catedral de Goiânia, uma Ladainha Penitencial, que reproduzo aqui porque expressa o que sinto sobre a culpa coletiva, a obstinada ignorância, que nos compete reparar, como Sociedade e como Igreja, em nosso comportamento para com os Povos Indígenas:”

Confira o artigo na íntegra clicando aqui.

Fonte: Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório

Foto: Divulgação

141 Anos da Presença Salesiana no Brasil

Neste domingo (14) a Família Salesiana celebra 141 anos de presença no Brasil. O início das ações educativas pastorais da Congregação Salesiana no país aconteceram na cidade de Niterói (RJ), em meados de julho de 1883. Há exatamente 141 anos, os primeiros Salesianos eram recebidos pelo Imperador Dom Pedro II, de acordo com os relatos históricos da Congregação: “Em 14 de julho de 1883, vieram finalmente os Salesianos para o Brasil e foram recebidos com extraordinária amabilidade pelo Imperador Dom Pedro II, que demonstrava o maior interesse pelas obras salesianas” (MARCIGAGLIA, 1955, pp.17-19).

Foi na tarde de um sábado que os salesianos chegaram ao Brasil, entrando pela baía da Guanabara e desembarcando na Praça XV (Cais Pharoux). Eram sete sacerdotes, coordenados pelo Inspetor, Pe. Luís Lasagna. Foram para Niterói (RJ), onde ainda hoje funciona a primeira escola salesiana do país, o Colégio Santa Rosa.

A TRADIÇÃO DO QUEIJO E DA RAPADURA
Ao chegar no local onde se hospedariam, encontraram uma casa pequena e muito simples que estava trancada e sem ninguém para recebe-los. O bispo do Rio de Janeiro, Dom Pedro Maria de Lacerda, estava em visita no estado de Minas Gerais (MG). Os Salesianos recém-chegados arrombaram uma janela e por ela saltaram para dentro. Na casa não havia muita coisa. A primeira refeição contou apenas com alguns alimentos oferecidos por amigos locais: o cônego Luís de Brito, o vizinho Benevides, Antônio Correa e Mourissy. A refeição de boas-vindas contou com alguns ovos, queijo e pão. No decorrer dos anos, sempre no dia 14 de julho, como uma espécie de celebração, a família Mourissy oferecia queijo aos Salesianos e daí nasceu a tradição de, anualmente, para celebrar e fazer memória da chegada dos primeiros salesianos ao Brasil, entregar queijo e rapadura (esta última introduzida posteriormente à tradição) às equipes da missão salesiana no Brasil.

AMPLIAÇÃO DA MISSÃO
As oficinas do Colégio Santa Rosa marcaram época. O trabalho educativo com as Escolas Profissionais teve início em julho de 1885, com as oficinas de tipografia, encadernação, alfaiataria, sapataria e carpintaria. As Escolas Profissionais Salesianas de Niterói foram pioneiras no âmbito privado, sendo precedidas apenas por duas instituições semelhantes no tempo do Império.

O sociólogo Gilberto Freyre falava sobre a contribuição dada pela Congregação Salesiana, no início do século XX. "Aqui se deve ressaltar a notável contribuição católica para o desenvolvimento da educação dos brasileiros: aquela representada pelos colégios salesianos que foram implantados no país no final do século XIX. Colégios do tipo do Santa Rosa, de Niterói, e onde aos estudos secundários se acrescentavam os de artes e ofícios diversos”, falava Gilberto Freyre.

Dois anos após sua instalação no Rio de Janeiro, os missionários fundaram, em 1885, o Liceu Coração de Jesus, na cidade de São Paulo. Já em março de 1890, inauguraram o Colégio São Joaquim, em Lorena, interior do estado de São Paulo e, em 1892, também chegam ao Brasil as irmãs salesianas Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), trazendo às meninas brasileiras a acolhida salesiana que, até então, só era destinada aos meninos, uma vez que, naquela época, as escolas mistas ainda não era muito populares.

A REDE SALESIANA BRASIL 
Ao longo destes 141 anos de presença no Brasil, os Salesianos e as Salesianas têm realizado um vasto movimento em favor da juventude, com uma preferência especial àquela em situação de vulnerabilidade social. 
Em 2012, a partir de um trabalho em Rede já consolidado entre os Salesianos de Dom Bosco (SDB) e as Filhas de Maria Auxiliadora (FMA), foi criada a Rede Salesiana Brasil (RSB) para fortalecer as ações desenvolvidas por ambos nas áreas de Educação Básica, Ensino Superior, Ação Social e Comunicação. Atualmente a RSB conta com 97 Escolas de educação básica que formam mais de 71 mil estudantes; 100 Obras Sociais que atendem mais de 60 mil crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, além de 11 Centros de Comunicação e 15 Instituições de Ensino Superior por todo o país que, juntos, promovem a formação integral de “bons cristãos e honestos cidadãos”, tendo sempre a juventude como a “porção mais delicada e preciosa da sociedade humana”.

Escrito por Janaína Lima, com informações do Boletim Salesiano Brasil

Fotos: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

Celebrações de envio dão início às Experiências Missionárias 

Na primeira semana de julho, a Inspetoria Nossa Senhora Aparecida celebrou, em diversas de suas comunidades educativas, o envio dos grupos de missionários para a experiência das Semanas Missionárias, que acontecerão ao longo do mês. Os missionários, jovens e assessores, participaram do momento em suas comunidades, marcando o fim da preparação e o início da experiência missionária nos próximos dias. 

Com os educadores, colegas e familiares dos missionários, as celebrações de envio contaram com a palavra dos Diretores locais e Coordenadores de Pastoral, bênção e entrega da Cruz Missionária para aqueles que vão participar pela primeira vez. E para os missionários “veteranos”, uma oportunidade de renovar o compromisso de ir com o coração aberto para servir e partilhar o amor de Deus. 

Em cada comunidade da Inspetoria, a alegria da missão se fez presente na emoção dos jovens, no sorriso de cada missionário que parte para sua terra de missão com a cruz no peito e os olhos fixos em Jesus Cristo, acompanhados pelas orações dos familiares, amigos e das Irmãs Salesianas, impulsionados pelo acompanhamento de cada Assessor que compartilha da experiência.

A “Semana Missionária” é um projeto sólido nas casas salesianas, que chama, prepara e envia os jovens missionários, do 9º ano e Ensino Médio, para uma rica experiência de encontro e evangelização em meio ao povo, em cidades das regiões próximas às presenças da Inspetoria. As Semanas Missionárias iniciam nos primeiros dias de julho e devem acontecer durante todo o mês, de acordo com os cronogramas das regiões da Inspetoria Nossa Senhora Aparecida. 

Este é o momento de todas as comunidades educativas rezarem pelos grupos que participam, pedindo a Maria Auxiliadora as bênçãos necessárias para os missionários, a fim de que vivam uma profunda experiência de encontro com Deus, com os outros e consigo mesmos.

Fonte: Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

Foto: EQUILIBRIUM Consultoria

RSB e o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos

Na última segunda-feira (08), a Diretora Executiva da Rede Salesiana Brasil (RSB), Irmã Silvia Aparecida da Silva, participou de uma importante reunião com a Chefe da Assessoria Especial de Educação e Cultura do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Professora Letícia Cesarino. Na pauta da reunião, esteve a contribuição que a RSB pode dar para a atualização do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos do Governo Federal, especialmente por estar presente em todo o território brasileiro, atuando efetivamente nas áreas da educação básica ao ensino superior, e na garantia dos Direitos Humanos das crianças, adolescentes e jovens, especialmente por meio da Ação Social Salesiana em rede no Brasil. 

"Desde 2008, a partir da reflexão da Estreia do Reitor-Mor, Pe. Pascual Villanueva, estamos nos dedicando a aprofundar a temática sobre Sistema Preventivo e Direitos Humanos. Nossos documentos de referência nas diferentes áreas de atuação buscam contemplar esse binômio. Por isso, acredito que podemos contribuir na reformulação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, ao mesmo tempo que vamos poder aprofundar nossa relação teórica/ prática para fortalecer nossa ação educativa-pastoral", comenta Ir. Silvia.

Esta foi a primeira reunião de um processo colaborativo, que contará também com a participação de outras instituições, na busca de trazer as atualizações necessárias ao Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos para que o documento possa representar e abranger os desafios da sociedade dos novos tempos. 

Na reunião, Ir. Silvia esteve assessorada pela equipe da EQUILIBRIUM Consultoria, empresa responsável pela assessoria da RSB em assuntos institucionais e internacionais, na ocasião representada pelo seu CEO e Analista-Chefe, Ricardo Lobato, e pela sua Consultora Sênior, Mariana Petruceli.

RSB E O TRABALHO COM OS DIREITOS HUMANOS

O trabalho da Rede Salesiana Brasil na garantia dos Direitos Humanos é diário. Contando com representantes nos principais órgãos de construção de políticas públicas pelo Brasil, como o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) e o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), por exemplo. Além de incentivar a participação de seus colaboradores salesianos e leigos nesses espaços, a RSB também assume Compromissos Fundamentais que alinham suas iniciativas dentro de suas presenças no país. Entre seus compromissos está a Promoção dos Direitos Humanos das Crianças, Adolescentes e Jovens, que consiste em: “mobilizar e viabilizar os melhores e mais consistentes esforços para assegurar o respeito e a efetivação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, ao Estatuto da Juventude, às leis que deles emanam e aos demais marcos normativos nacionais e internacionais que os complementam. Compromisso de agir proativamente no território para promover, proteger e defender os direitos humanos das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Compromisso de afirmar que somente por meio deles será possível construir e manter uma sociedade com comportamento de bem-viver, que reconheça a condição peculiar e promova a igualdade de oportunidades para o desenvolvimento integral das novas gerações, concebida e sustentada por virtudes cristãs e pelo seu protagonismo enquanto sujeitos de direito”.

Conheça mais sobre a ação salesiana clicando aqui.

SISTEMA PREVENTIVO E DIREITOS HUMANOS

Poucos temas da literatura salesiana exercem tanto fascínio quanto o Sistema Preventivo de Dom Bosco. Muito mais que uma teoria pedagógica, ele constitui o arcabouço vivencial da ação salesiana, o modelo de educação que o “Santo dos Jovens” quis construir dentro da Igreja e da sociedade para o bem de incontáveis gerações de jovens, de todos os tempos e de todos os recantos do mundo.
Confira o e-book clicando aqui.


Escrito por Janaína Lima, com apoio de Ricardo Lobato

 

Fotos: Padre Tarcizio Paulo Odelli e Wellington Alderlei

IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos

Aconteceu, de 5 a 7 de julho, em Aparecida (SP), o IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos. Animado pela Rede Salesiana Brasil, o evento teve como intuito refletir sobre a missão e identidade carismática salesiana no universo paroquial. As reflexões e meditações contemplaram a identidade do pároco salesiano, as estatísticas nacionais das paróquias e santuários salesianos, o cenário das juventudes e sua dinamicidade, além de alguns aspectos voltados às perspectivas de desafios éticos-sociais da atualidade.

O Coordenador da Comissão Nacional de Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos e Pároco Reitor do Santuário São José Operário, de Manaus (AM), Pe. Francisco Alves de Lima, comenta seu desejo sobre as ressonâncias do evento: “Que possamos olhar para o futuro com essa missão belíssima que nós abraçamos a partir do nosso carisma salesiano de serviço à igreja, de serviço à juventudes, à catequese, às classes populares e à comunicação”.  

O primeiro dia do evento, sexta-feira (05), teve início com uma missa celebrada por Dom Altieri na capela do hotel. O decorrer do dia contou com 3 temas de discussão: “Pároco e Agente de Pastoral: Identidade Carismática Salesiana”, com Pe. Edson Donizete Castilho, da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora; “Estatística das Paróquias e Santuários – apresentação dos dados de 2023”, o e “Estatística das Paróquias e Santuários e Plano de Ação da CNPS”, ambas com o Pe. José Paulino, da Inspetoria São João Bosco. No período da noite, todos puderam participar de uma experiência espiritual única por meio de uma visita noturna guiada à Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

Na manhã do sábado (06), a programação iniciou com uma missa celebrada pelo Pe. Ricardo Carlos, seguida de discussões e reflexões sobre o tema “Juventudes & AJS”, com o Pe. Aldir da Silva, da Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório. O período da tarde contou com duas oficinas, uma para cada grupo do evento, tratando dos temas: “Articulação das Juventudes no carisma salesiano”, voltada aos agentes de pastoral, com o próprio Pe. Aldir; e “Sexualidade e Pastoral Juvenil”, voltada aos salesianos presbíteros, com o Pe. Ronaldo Zacharias, da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora. O dia foi concluído com momentos de partilha e reflexão.

O domingo, último dia do Encontro, contou com uma missa especial celebrada no Santuário Nacional, presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida. Ainda no período da manhã, os participantes protagonizaram encontros por Inspetorias para o planejamento das atividades Inspetoriais e para a avaliação do evento.

O Diretor Executivo da Rede Salesiana Brasil, Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, que também participou do evento, conta que a missão dos Santuários e Paróquias salesianas é “acolher a juventude, proporcionar que cada diocese também tenha esse espaço de fortalecimento do olhar para os jovens, principalmente os que mais precisam”, comenta.

O evento contou com a presença de 92 participantes, entre párocos, reitores, vigários e agentes de pastoral de todo Brasil para uma rica troca de experiência e fraterna comunhão sinodal.

“Os frutos já estão sendo colhidos e nós queremos, com toda essa reflexão e esse material, o objetivo principal é elaborarmos o Plano de Ação Nacional para as paróquias e santuários confiados aos salesianos e, assim, trabalhar com ainda mais qualidade e entregar às nossas comunidades aquilo que temos de melhor”, comenta o Presidente da Rede Salesiana Brasil e Referente para as Paróquias e Santuários confiados aos Salesianos, Pe. Ricardo Carlos.

O IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos proporcionou aos participantes uma grande oportunidade para aprofundarem seus compromissos com a educação e a pastoral juvenil, enfrentando juntos os desafios e celebrando as conquistas de sua missão em prol das juventudes, fortalecendo as paróquias e santuários confiados aos salesianos pelo Brasil.

Escrito por Janaína Lima e Vinícius 

Foto: ©AGFMA-Roma (disponibilizada pelo Arquivo Geral das FMA)

Celebração Litúrgica da Beata Maria Romero

Neste 7 de julho, Celebração Litúrgica da Beata Maria Romero Meneses, a memória de uma mulher dedicada à caridade e à evangelização representa bem a missão e o legado desta Filha de Maria Auxiliadora (FMA). Para entender um pouco mais sobre a profundidade de sua influência, Irmã Marianela Fernández Alfaro, FMA que há sete anos trabalha na Casa de Maria Auxiliadora - Obras Sociais Irmã Maria Romero, fundada pela própria Beata, traz um pouco da sua vivência e dedicação à continuidade da missão iniciada pela Irmã Salesiana, cuja causa de canonização está em andamento. 

Irmã Marianela Fernández Alfaro, nascida na Costa Rica, desenvolveu sua vocação religiosa desde cedo. Com especialização em literatura e linguística espanhola e aprofundamento da espiritualidade salesiana, trabalha há sete anos no Centro Histórico Irmã Maria Romero, sediado na Casa de Maria Auxiliadora - Obras Sociais Irmã Maria Romero, na cidade de São José, Costa Rica. Esta foi a primeira casa salesiana que conheceu, desde o ventre materno, pois sua mãe foi fiel colaboradora de Irmã Maria Romero. Através de sua mãe aprendeu a amar, respeitar e confiar sempre na intercessão da Beata. “Viver na Casa de Maria Auxiliadora, e especificamente na documentação de Irmã Maria Romero, é para mim uma honra imerecida, mas que valorizo e agradeço todos os dias ao Senhor e à Virgem”, comenta Irmã Marianela que se dedica a manter vivo o legado da Beata.

CASA DE MARIA AUXILIADORA - OBRAS SOCIAIS IRMÃ MARIA ROMERO
A Casa de Maria Auxiliadora - Obras Sociais Irmã Maria Romero, fundada pela própria Beata, continuam a florescer, oferecendo uma ampla gama de serviços comunitários. O programa “Las Margaritas”, por exemplo, apoia 120 mulheres chefes de família com assistência alimentar, oficinas de desenvolvimento integral e retiros anuais. Além disto, “todos os sábados são atendidas 25 pessoas para ouvi-las e prestar ajuda, mediante agendamento. Portanto são 100 pessoas por mês para ajudar”, conta Irmã Marianela.

De segunda a sexta-feira, o Consultório Médico atende cerca de 300 pessoas por mês, muitas delas migrantes e sem acesso à assistência social. Já a Escola de Orientação Social oferece cursos para 250 mulheres que desejam aprimorar os conhecimentos de: Inglês, Princípios Contábeis, Softwares e Aplicativos, Técnicas de Secretariado, Culinária Nacional e Internacional, Padaria, Estética e Beleza, Corte e Costura e Alta Costura.

Há também um internato que acolhe jovens em situação de risco social. “[As jovens] estudam o ensino secundário no centro educativo que também temos, subsidiado em parte pelo governo. São 120 jovens que não conseguiram concluir o ensino secundário, algumas das quais já maiores de idade, e que recebem uma educação integral com um programa estatal adaptado a esta população”, comenta Irmã Marianela. “Há também uma creche com 25 meninos e meninas. Está em andamento a construção de uma creche que poderá receber um número maior no futuro”, conclui.

Além de todas as ações, há ainda o bazar de roupas a preços muito acessíveis e iniciativas como a Novena de Natal para crianças de 3 a 12 anos, a Festa dos Inocentes para gestantes e bebês de até 2 anos e a Festa de São João Bosco para os adolescentes. Tais ações buscam garantir que a espiritualidade, o bem-estar das pessoas e a comunidade estejam sempre em primeiro plano. “Um modelo de uma pequena igreja sinodal”, comenta Irmã Marianela.

Outra fundação de Irmã Maria Romero é a Associação de Ajuda aos Necessitados (ASAYNE), uma associação dirigida por leigos para construir casas para os mais pobres. Enquanto Irmã Maria viveu, foram construídas três cidadelas.

ÁGUA DA IRMÃ MARIA
Entre as histórias mais fascinantes sobre a Beata está a da "água da Irmã Maria Romero". Em 1955, enquanto ainda estava no Colégio Maria Auxiliadora, em São José, Irmã Maria pediu à Virgem uma água milagrosa, semelhante à de Lourdes. Sua profunda fé resultou em muitos relatos de curas e conversões. Quando se mudou para a Casa de Maria Auxiliadora em 1959, continuou-se a fornecer essa água, que se tornou um símbolo de sua confiança e devoção.
“A água vinha do mesmo cano, tanto que quando se mudou para esta casa, em 1959, continuou a fornecer a água, o que a tornou maravilhosa foi a fé de Irmã Maria: os milagres de cura e conversão foram muitos. Doze anos depois, em 1967, quando estava em construção o Consultório Médico, o poço que abastecia a construção do edifício secou. Era urgente conseguir água. Irmã Maria, depois de ter rezado profundamente, com os olhos fechados, caminhando entre os escombros, apoiada em um dos operários, e como se procurasse com uma vara, pedindo à Virgem que lhe inspirasse onde deveria marcar, disse: ‘Aqui!’, e ali cravou o bastão. Começaram a cavar o poço e a apenas 10 m encontraram água! Enviaram-na para ser examinada e revelou-se que era ‘água potável!... perfeita!’. Desde essa data, esta é a água da Virgem que se derrama nesta casa”, conta Irmã Marianela.

LAS “MISIONERITAS”, AS PEQUENAS MISSIONÁRIAS
O trabalho missionário de Irmã Maria Romero foi vasto e impactante. Ela não apenas criou oratórios e grupos de evangelização na periferia da cidade, mas também liderou missões anuais em zonas remotas do país. Seu famoso grupo das "Misioneritas" levava alimento, esperança e a mensagem da fé de porta em porta, preparando famílias para os sacramentos e entronizando a Virgem Maria e o Coração de Jesus em lares por toda a Costa Rica. “Com o seu famoso grupo de “Misioneritas”, fundado em 1939, com as jovens do coral e outras pessoas que aderiram, conseguiram ir de casa em casa para evangelizar, para dar comida, para levar esperança; mas este ardor não se limitava à cidade: mas uma vez por ano faziam missões a zonas remotas do país, com todos os inconvenientes daquela época. Entronizaram a Virgem e o Coração de Jesus em milhares de famílias. Preparavam-se para os sacramentos: batismo, confissão, primeira comunhão, crisma e até matrimônio. O da mihi animas (ndr. Dai-me almas) de Irmã Maria foi assimilado por estas pequenas missionárias”, conta Irmã Marianela.

LEGADO DE FÉ E CARIDADE
O testemunho de Irmã Angelita Marcolin, missionária italiana que trabalhou de perto com Irmã Maria, sintetiza o legado da Beata: "Para que a obra de Irmã Maria (da Virgem) prospere e seja eficaz, são necessárias almas que vivam em constante intimidade com o Senhor, como a própria Irmã Maria viveu. Além disso, é necessária absoluta convicção de que a Divina Providência age e que Maria Santíssima é a única Rainha e Senhora".

O legado de Irmã Maria Romero é um grande e rico exemplo de amor ao próximo, devoção e fé. Sua influência continua a tocar vidas, e a Casa de Maria Auxiliadora permanece um farol de esperança e caridade.

Escrito por Janaína Lima

Foto: Divulgação

CSF - Pilar da Formação Continuada na RSB

O Centro Salesiano de Formação (CSF), serviço de formação continuada da Rede Salesiana Brasil (RSB), destaca-se como um exemplo notável de compromisso com a qualificação e desenvolvimento dos educadores e colaboradores salesianos. Sua missão é promover, assessorar e integrar processos formativos dos atores salesianos (Salesianos de Dom Bosco - SDB, Filhas de Maria Auxiliadora – FMA, leigos e leigas) das Comunidades Educativo-Pastorais Salesianas (CEPS), além das Equipes da Pastoral Juvenil, da Associação dos Cultores de História Salesiana (ACSSA) e dos grupos da Família Salesiana.

A formação continuada é vista pela Rede Salesiana Brasil não apenas como uma necessidade, mas como um elemento essencial para a construção, disseminação e aplicação do conhecimento dentro das CEPS. Ao valorizar esta dimensão, a RSB não só aprimora a qualidade educacional oferecida, mas também fortalece a identidade salesiana entre seus membros.

Os objetivos principais do CSF incluem o desenvolvimento de propostas integradas de educação continuada para os atores das CEPS, dentro das áreas programáticas de Escolas, Ação Social e Comunicação, que são estabelecidas anualmente no Plano Integrado de Formação da RSB. A qualificação das propostas formativas é pautada pelas orientações institucionais e pelo acompanhamento sistemático dos processos formativos, o que visa subsidiar o aprimoramento contínuo e consolidar a cultura de formação continuada, a partir de diretrizes metodológicas que enfatizam a inovação, a colaboração e o respeito à diversidade, sempre sob a perspectiva da identidade salesiana. Este foco na identidade é crucial, pois fortalece as relações dialógicas entre os integrantes da RSB, fazendo com que cada membro se sinta parte de uma rede maior, capaz de pensar e atuar coletivamente.

FORMAÇÃO A DISTÂNCIA
Em 2015, o CSF deu um passo significativo ao criar seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, uma plataforma on-line que oferece aos educadores acesso a cursos, eventos e subsídios de formação. Esta iniciativa tem ampliado as possibilidades de formação continuada, permitindo que educadores de diferentes regiões do país participem de processos formativos de alta qualidade, sem a necessidade de deslocamento físico.

PROJETOS FORMATIVOS
As ações formativas do CSF são compostas por uma variedade de projetos, incluindo cursos de aperfeiçoamento e extensão em diversas áreas e cursos de capacitação focados em temas de interesse das inspetorias. As temáticas prioritárias incluem salesianidade, pastoral, gestão, comunicação e educação, áreas essenciais para o desenvolvimento integral dos educadores salesianos.

O Centro Salesiano de Formação da Rede Salesiana Brasil exemplifica um compromisso profundo com a educação continuada, refletindo a essência da missão salesiana de formar não apenas educadores competentes, mas também cidadãos comprometidos com os valores e princípios que guiam a obra de Dom Bosco e Madre Mazzarello. Através de suas ações, o CSF não apenas eleva a qualidade educacional, mas também fortalece a identidade e a coesão da comunidade salesiana, preparando-a para enfrentar os desafios educacionais com inovação, colaboração e um profundo respeito pela diversidade.

Escrito por Janaína Lima

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Vem aí o IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários

Nos dias 05, 06 e 07 de julho, a cidade de Aparecida (SP) será o palco do IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos. O evento, que ocorrerá no Hotel Rainha dos Apóstolos, tem como objetivo principal estudar os desafios e articular as oportunidades do trabalho educativo-pastoral salesiano junto aos santuários e paróquias.

“A nossa expectativa, minha expectativa, como também dos outros delegados das Inspetorias que compõem a Comissão Nacional de Paróquias e Santuários, é justamente dar continuidade a este trabalho de rede, reforçando a nossa identidade [...] e ter um maior conhecimento da realidade da missão Salesiana neste âmbito, no âmbito paroquial, além de apontar perspectivas e linhas de ação para a elaboração do nosso plano de ação”, comenta o Coordenador da Comissão Nacional de Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos e Pároco Reitor do Santuário São José Operário, de Manaus (AM), Pe. Francisco Alves de Lima, mais conhecido como Pe. Chicão.

“A nossa identidade e a nossa missão como santuários e paróquias salesianas é sempre acolher a juventude, proporcionar que cada diocese também tenha esse espaço de fortalecimento do olhar para os jovens, principalmente os que mais precisam, mais vulneráveis e também uma pastoral que assegure o desenvolvimento das famílias e o desenvolvimento também de toda a evangelização”, diz o Diretor Executivo da Rede Salesiana Brasil (RSB), Pe. Sérgio Augusto Baldin Júnior, que também participará do Encontro.

Com um cronograma repleto de atividades, o evento terá início na sexta-feira (05), com uma missa celebrada por Dom Altieri na capela do hotel. O primeiro dia contará com 3 temas de discussão: “Pároco e Agente de Pastoral: Identidade Carismática Salesiana”; “Estatística das Paróquias e Santuários – apresentação dos dados de 2023” e “Estatística das Paróquias e Santuários e Plano de Ação da CNPS”. Já a primeira noite do evento promete uma experiência espiritual única com uma visita noturna guiada à Basílica de Aparecida.

Na manhã do sábado, a programação inicia com uma missa celebrada pelo Pe. Ricardo Carlos, seguida de discussões e reflexões sobre o tema “Juventudes & AJS”. O período da tarde contará com duas oficinas, uma para cada grupo do evento, tratando dos temas: “Articulação das Juventudes no carisma salesiano”, voltada para os agentes de pastoral; e “Sexualidade e Pastoral Juvenil”, voltada para os salesianos presbíteros. O dia será concluído com momentos de partilha e reflexão, proporcionando aos participantes a oportunidade de troca de experiências e fortalecimento dos laços comunitários.

O domingo, último dia do Encontro, reserva uma missa especial a ser celebrada no Santuário Nacional. No período da manhã, os participantes protagonizarão encontros por Inspetorias para avaliação do evento.

“Além da partilha de experiências, da formação permanente, da partilha do trabalho cada vez mais reforçado em conjunto entre salesianos e leigos, a Congregação Salesiana aqui no Brasil tem dado uma importante colaboração no âmbito da vida paroquial e a Rede Salesiana quer então nos ajudar a cada vez mais confirmar a nossa identidade e a nossa missão, a fim de que possamos também colaborar na Igreja com o carisma salesiano”, conclui Pe. Chicão.

O IV Encontro Nacional das Paróquias e Santuários Confiados aos Salesianos é uma oportunidade única para os salesianos aprofundarem seu compromisso com a educação e a pastoral juvenil, enfrentando juntos os desafios e celebrando as conquistas de sua missão. Com um enfoque especial nas juventudes e na articulação pastoral, o evento promete fortalecer as paróquias e santuários confiados aos salesianos, promovendo um trabalho pastoral ainda mais eficaz e significativo.

Escrito por Janaína Lima / Foto: Divulgação

Ex-Oratóriano de Valdocco será proclamado Santo

Ex-Oratóriano de Valdocco será proclamado Santo

No Consistório Ordinário para a canonização de vários Beatos, realizado em 1º de julho de 2024 no Vaticano, também foi anunciada a Canonização do Beato Giuseppe Allamano, a acontecer no domingo, 20 de outubro de 2024, Dia Mundial das Missões.

O milagre atribuído à intercessão do Beato Giuseppe Allamano ocorreu na floresta amazônica brasileira, no estado de Roraima, onde Sorino, homem da etnia Yanomami, foi ferido gravemente na cabeça por uma onça, no dia 7 de fevereiro de 1996, primeiro dia da Novena do Beato Giuseppe Allamano. Transportado para o Hospital de Boa Vista, aos cuidados dos Missionários da Consolata, que pediam incessantemente a sua recuperação por intercessão do Pai Fundador, Sorino recuperou milagrosamente a saúde em poucos meses: e ainda vive na sua comunidade indígena.

BREVE BIOGRAFIA

Giuseppe Allamano nasceu em 1851 em Castelnuovo d'Asti, na mesma localidade de São João Bosco, seu diretor espiritual quando criança e adolescente no Oratório Salesiano de Valdocco.

Ordenado sacerdote em 1873, aceitou por obediência o cargo de Reitor do Santuário da Consolata, que ninguém queria assumir devido às más condições do edifício e à difícil situação do internato para a preparação dos jovens sacerdotes. Ele, porém, fez de tudo para que o ‘Consolata’ voltasse a ser um centro espiritual da cidade de Turim, interessando-se pelos problemas dos trabalhadores e tornando-se um pioneiro da imprensa católica.

Atraído desde menino pelo ideal missionário, percebeu com extrema clareza que a missão ‘ad gentes’ era a realização máxima da vocação sacerdotal. Assim, em 1901, fundou o Instituto Missionários da Consolata. Sentindo também a necessidade urgente de mulheres, consagradas à causa da evangelização em tempo integral, fundou, nove anos depois, o Instituto Missionário da Consolata. Faleceu em 16 de fevereiro de 1926. Foi beatificado por São João Paulo II, em 7 de outubro de 1990.

GIUSEPPE ALLAMANO E DOM BOSCO

Durante o processo de canonização de Dom Bosco, o Pe. Allamano afirmou ter conhecido e conversado com Dom Bosco em Castelnuovo, quando era menino. O verdadeiro encontro, porém, ocorreu em 1862, em Valdocco, quando Allamano entrou para o Oratório, junto com seu irmão, Natale, acompanhados pelo tio, Pe. João Allamano. Nada sabemos sobre o primeiro encontro entre Dom Bosco e Allamano, mas sabemos com certeza que, a partir daquele momento, se estabeleceu um bom relacionamento entre os dois: “O Venerável Dom Bosco foi amado por todos por sua bondade e recebeu sinais de reverência e carinho de todos. Ele costumava conquistar corações; nunca soube que alguém reclamasse dele".

Dom Bosco, como é evidente, tendo em conta a sua primorosa arte pedagógica, também ajudou e encorajou o caminho formativo de Allamano: “É verdade que tive, e tenho, especial carinho e devoção pelo Venerável, pelo bem que Ele me fez em minha educação inicial, e por ter sido meu confessor regular naquela época". O jovem Allamano também foi repreendido por Dom Bosco quando, no dia 19 de agosto de 1866, saiu de Valdocco sem se despedir: “Você aprontou comigo... Você foi embora sem se despedir!”. Allamano sempre teve uma lembrança positiva de Dom Bosco como educador e fundador, juntamente com a admiração pelo que fizeram os salesianos. No final da vida, confessou: “Muitas vezes me perguntei por qual razão Deus abençoou e abençoa os salesianos de maneira tão extraordinária; e creio que um dos motivos, senão o principal, é que eles respeitavam Dom Bosco. Eles o respeitaram quando ele estava vivo e o respeitaram quando ele estava morto. Sou testemunha disso e lembro como, no meu tempo no Oratório, se realizaram os desejos e vontades de Dom Bosco. É por esta razão que Deus os abençoou e abençoa”.

Fonte e Foto: Agenzia Info Salesiana (ANS)

Fotos: Divulgação/ ShutterStock

Dia do Papa e dos Santos Pedro e Paulo

Anualmente as celebrações do Dia do Papa unem fé e tradição em honra a São Pedro e São Paulo
Foto: Divulgação

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