04/10/2023

"Laudate Deum", o grito do Papa por uma resposta à crise climática

"Laudate Deum", o grito do Papa por uma resposta à crise climática

“‘Laudate Deum’ (Louve a Deus) é o título desta carta. Porque um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior perigo para si mesmo". Com essas palavras, conclui-se a exortação apostólica do Papa Francisco, publicada em 4 de outubro. Um texto em continuidade com a encíclica Laudato Si' de 2015. Em 6 capítulos e 73 parágrafos, olhando para a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai daqui a dois meses, o Sucessor de Pedro pretende fazer um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas, porque o mundo "está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura". É um dos "maiores desafios que a sociedade e a comunidade global enfrentam", "os efeitos das alterações climáticas recaem sobre as pessoas mais vulneráveis" (3).

Confira o vídeo da Laudato Deum clicando aqui.

 

OS SINAIS DA MUDANÇA CLIMÁTICA CADA VEZ MAIS EVIDENTES
No primeiro capítulo, o Papa explica que, por mais que tentemos negá-los, "os sinais da mudança climática estão aí, cada vez mais evidentes". Ele cita "fenômenos extremos, períodos frequentes de calor anormal, seca e outros gemidos da terra". Afirma: "é possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativamente a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos". E para aqueles que minimizam, responde: "aquilo que agora estamos a assistir é uma aceleração insólita do aquecimento". "Provavelmente, dentro de poucos anos, muitas populações terão de deslocar as suas casas por causa destes fenômenos" (6).

 

A CULPA NÃO É DOS POBRES
Para aqueles que culpam os pobres por terem muitos filhos e talvez tentem resolver o problema "mutilando as mulheres nos países menos desenvolvidos", Francisco lembra "que uma reduzida percentagem mais rica do planeta polui mais do que o 50% mais pobre". A África, que "alberga mais da metade das pessoas mais pobres do mundo, é responsável apenas por uma mínima parte das emissões no passado" (9). Em seguida, o Papa desafia aqueles que afirmam que o menor uso de combustíveis fósseis levará "à diminuição dos postos de trabalho". Na realidade, "milhões de pessoas perdem o emprego” devido às diversas consequências da mudança climática. Enquanto a transição para as energias renováveis, "bem administrada", é capaz de "gerar inúmeros postos de trabalho em diferentes setores. Por isso é necessário que os políticos e os empresários se ocupem disso imediatamente" (10).

 

INDUBITÁVEL ORIGEM HUMANA
"A origem humana - 'antrópica' - da mudança climática já não se pode pôr em dúvida", diz Francisco. "A concentração na atmosfera dos gases com efeito estufa... nos últimos cinquenta anos, o aumento sofreu uma forte aceleração" (11). Ao mesmo tempo, a temperatura "aumentou a uma velocidade inédita, sem precedentes nos últimos dois mil anos" (12). Isso resultou na acidificação dos mares e no derretimento dos glaciares. A coincidência entre esses eventos e o crescimento das emissões de gases de efeito estufa "não pode ser escondida. A esmagadora maioria dos estudiosos do clima defende esta correlação, sendo mínima a percentagem daqueles que tentam negar esta evidência". Infelizmente, a crise climática não é propriamente uma questão que “interesse às grandes potências econômicas, preocupadas em obter o maior lucro ao menor custo e no mais curto espaço de tempo possíveis" (13).

 

EM TEMPO PARA EVITAR DANOS MAIS DRAMÁTICOS
" Vejo-me obrigado – continua Francisco - a fazer estas especificações, que podem parecer óbvias, por causa de certas opiniões ridicularizadoras e pouco racionais que encontro mesmo dentro da Igreja Católica. Mas não podemos continuar a duvidar que a razão da insólita velocidade de mudanças tão perigosas esteja neste facto inegável: os enormes progressos conexos com a desenfreada intervenção humana sobre a natureza" (14). Infelizmente, algumas manifestações dessa crise climática já são irreversíveis por pelo menos centenas de anos. É "urgente uma visão mais alargada... tudo o que se nos pede é uma certa responsabilidade pela herança que deixaremos atrás de nós depois da nossa passagem por este mundo" (18).

 

O PARADIGMA TECNOCRÁTICO: A IDEIA DE UM SER HUMANO SEM LIMITES
No segundo capítulo, Francisco fala do paradigma tecnocrático que "consiste, substancialmente, em pensar como se a realidade, o bem e a verdade desabrochassem espontaneamente do próprio poder da tecnologia e da economia" (20) com base na ideia de um ser humano sem limites. "Nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem, sobretudo se se considera a maneira como o está a fazer...É tremendamente arriscado que resida numa pequena parte da humanidade" (23). O Papa reitera que "o mundo que nos rodeia não é um objeto de exploração, utilização desenfreada, ambição sem limites" (25). Ele também lembra que estamos incluídos na natureza, e "isso exclui a ideia de que o ser humano seja um estranho, um fator externo capaz apenas de danificar o ambiente" (26).

 

DECADÊNCIA ÉTICA DO PODER: MARKETING E INFORMAÇÕES FALSAS
"Realizamos progressos tecnológicos impressionantes e surpreendentes, sem nos darmos conta, ao mesmo tempo, que nos tornámos altamente perigosos, capazes de pôr em perigo a vida de muitos seres e a nossa própria sobrevivência" (28). "A decadência ética do poder real é disfarçada pelo marketing e pela informação falsa, mecanismos úteis nas mãos de quem tem maiores recursos para influenciar a opinião pública através deles" (29). "Podemos notar como às vezes os próprios pobres, confundidos e encantados perante as promessas de tantos falsos profetas, caem no engano dum mundo que não é construído para eles" (31). Há "um domínio daqueles que nasceram com melhores condições de progresso" (32).

 

POLÍTICA INTERNACIONAL FRACA
No capítulo seguinte da exortação, o Papa aborda o tema da fraqueza da política internacional, insistindo na necessidade de favorecer "acordos multilaterais entre Estados" (34). Ele pede "organizações mundiais mais eficazes, dotadas de autoridade para assegurar o bem comum mundial". Essas organizações que "devem dotadas duma real autoridade que possa «assegurar» a realização de alguns objetivos irrenunciáveis" (35). Francisco lamenta "que as crises globais sejam desperdiçadas, assim como sucedeu na crise financeira de 2007-2008 e com a pandemia, que trouxeram "maior individualismo, menor integração, maior liberdade para os que são verdadeiramente poderosos e sempre encontram maneira de escapar ilesos" (36). O desafio atual é recriar um novo multilateralismo "à luz da nova situação global" (37), reconhecendo que tantas agregações e organizações da sociedade civil ajudam a compensar as fraquezas da Comunidade internacional.

 

INÚTEIS AS INSTITUIÇÕES QUE PRESERVAM OS MAIS FORTES
Francisco propõe " um multilateralismo «a partir de baixo» e não meramente decidido pelas elites do poder" (38). Ele lembra que é necessário um "quadro diferente para uma cooperação eficaz" (42). Portanto, precisamos de "uma espécie de maior «democratização» na esfera global... Deixará de ser útil apoiar instituições que preservem os direitos dos mais fortes, sem cuidar dos direitos de todos". (43)

 

O QUE SE ESPERA DA COP DE DUBAI?
No capítulo seguinte, analisando a COP28, Francisco escreve: "Não podemos renunciar ao sonho de que a COP28 leve a uma decidida aceleração da transição energética, com compromissos eficazes que possam ser monitorizados de forma permanente. Esta Conferência pode ser um ponto de viragem" (54). Infelizmente, "a necessária transição para energias limpas..., não avança de forma suficientemente rápida" (55).

 

CHEGA DE RIDICULARIZAR A QUESTÃO AMBIENTAL
Francisco pede o fim da "atitude irresponsável" daqueles que ridicularizam a questão ambiental por interesses econômicos: em vez disso, trata-se de "dum problema humano e social em sentido amplo e a diversos níveis. Por isso requer-se o envolvimento de todos". Com relação aos protestos de grupos radicalizados, o Papa afirma que "eles preenchem um vazio da sociedade", pois caberia "a cada família pensar que está em jogo o futuro dos seus filhos" (58) e exercer uma pressão saudável. O Pontífice espera que da COP28 surjam "formas vinculantes de transição energética" que sejam eficientes e "facilmente monitoráveis" (59). " Oxalá que, a intervir na COP28, sejam estrategas capazes de pensar mais no bem comum e no futuro dos seus filhos, do que nos interesses contingentes de algum país ou empresa. Possam assim mostrar a nobreza da política, e não a sua vergonha" (60).

 

UM COMPROMISSO QUE BROTA DA FÉ CRISTÃ
Por fim, o Papa recorda as razões desse compromisso que brota da fé cristã, incentivando "os irmãos e irmãs de outras religiões a fazerem o mesmo" (61). "A cosmovisão judaico-cristã defende o valor peculiar e central do ser humano no meio do maravilhoso concerto de todos os seres... formamos uma espécie de família universal, uma comunhão sublime que nos impele a um respeito sagrado, amoroso e humilde" (67). " Isto não é um produto da nossa vontade... pois Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia" (68). O que é importante, escreve Francisco, é lembrar que "não há mudanças duradouras sem mudanças culturais... e não há mudanças culturais sem mudança nas pessoas" (70). "Os esforços das famílias para poluir menos, reduzir os esbanjamentos, consumir de forma sensata estão a criar uma nova cultura" (71). O pontífice conclui lembrando "que as emissões pro capite nos Estados Unidos são cerca do dobro das dum habitante da China e cerca de sete vezes superiores à média dos países mais pobres". E afirma "que uma mudança generalizada do estilo de vida irresponsável ligado ao modelo ocidental teria um impacto significativo a longo prazo. Assim, juntamente com as indispensáveis decisões políticas, estaríamos no caminho do cuidado mútuo" (72).

 

Fonte: Vatican News

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ENARSE/ENEL 2025: Terceiro dia é marcado por visitas, encontros, espiritualidade e design de futuros na jornada salesiana

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ENARSE/ENEL 2025: uma tarde de aprofundamento, inspiração e conexão com a missão educativa salesiana, neste segundo dia de evento

A tarde do segundo dia do Enarse/Enel 2025 foi marcada por vivências intensas de formação, troca de experiências e fortalecimento dos compromissos com a educação de excelência e com os valores do carisma salesiano. Logo após o almoço, os participantes se dirigiram ao Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida para uma rica programação de oficinas temáticas, organizadas em dois blocos: das 14h30 às 16h00 e outro das 16h30 às 18h00. Com seis diferentes temas, as oficinas ofereceram aos educadores e gestores uma oportunidade de aprofundamento em áreas estratégicas para o presente e o futuro da escola salesiana. Conheça um pouco mais sobre as oficinas: A oficina "Consolidando marcas fortes", conduzida por Andrea Tavares, destacou a importância da unidade em rede e da mensuração de resultados nas ações de comunicação e posicionamento das escolas salesianas. 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Ao falar sobre a identidade católica em instituições confessionais, ele reforça que ela "pode se tornar relevante e transformadora no nosso tempo, que é marcado por enorme fragmentação da vida humana e das relações sociais a partir do momento em que ela se entende portadora da mensagem do Evangelho de Jesus. "Da sala de aula tradicional ao espaço inovador", a oficina conduzida por Elisabete Castanheira convidou os participantes a repensarem o design dos ambientes escolares como ferramentas de engajamento e criatividade. “As oficinas foram muito interessantes, pois trabalhamos com um conceito lúdico que proporcionou uma interação prazerosa com os elementos disponíveis”, destacou. Ela acrescentou ainda que, para comunicar com eficácia entre as diferentes gerações, é essencial saber contextualizar as mensagens e as propostas educativas de forma sensível e atualizada. 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ENARSE/ENEL 2025: Manhã do segundo dia é marcada por reflexões sobre liderança, inovação e identidade da escola católica

O segundo dia do Enarse/Enel 2025, realizado no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), foi marcado por momentos de espiritualidade, partilha e aprofundamento sobre temas centrais para o futuro da educação católica no Brasil. A jornada teve início com a tradicional acolhida e oração, conduzidas pelo Pe. Hermenegildo da Silva, coordenador das Escolas da Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório, e por Valéria Rodrigues, coordenadora das Escolas da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora. “Hoje iniciamos com gratidão e esperança este encontro que reúne lideranças apaixonadas pela missão de educar e evangelizar à maneira de Dom Bosco e Madre Mazzarelo”, disse Valéria no início momento de oração.  Pe Hermenegildo, por sua vez, nos lembrou que “Cada rosto aqui representa uma história de amor à juventude, de serviço comprometido, de esperança ativa” dando as boas vindas aos presentes. O momento foi concluído com uma oração ao Espírito Santo, pedindo para que todos juntos possam viver o encontro com abertura, leveza e compromisso. “Sentimos a beleza de sermos educadores salesianos, chamados a viver com paixão a missão de formar corações e transformar realidades”, diz um trecho da oração. A espiritualidade salesiana, mais uma vez, iluminou os caminhos trilhados ao longo do dia. Mercado educacional e liderança - A manhã do evento foi marcada pela conferência “Mercado educacional e liderança: compreender o cliente para gerar valor nas escolas”, conduzida inicialmente por Renato Rocha. Em sua palestra, o especialista destacou a importância de "enxergar a escola não apenas como uma prestadora de serviços educacionais, mas como uma promotora de experiências significativas para alunos e famílias". Rocha apresentou dados que revelam mudanças no perfil das famílias brasileiras, reforçando que compreender as novas demandas e expectativas é essencial para manter a competitividade. Entre os pontos centrais, destacou-se a necessidade de escuta ativa, personalização no atendimento e fortalecimento da proposta pedagógica como diferenciais estratégicos no atual cenário educacional. Na sequência, Pe. Sérgio Augusto Baldin e Anderson Leal promoveram uma dinâmica que convidou os participantes a analisarem o mercado educacional brasileiro a partir de um jogo interativo. A atividade trouxe à tona temas cruciais, como a escuta qualificada das famílias, a importância de uma proposta pedagógica clara e coerente, além da adoção de uma gestão estratégica focada em sustentabilidade e inovação. O painel instiga reflexões sobre o papel do gestor escolar como um líder inspirador, capaz de fomentar uma cultura de excelência, diálogo e constante evolução. Tarde do segundo dia - A parte da tarde do Enarse/Enel 2025 será dedicada a oficinas temáticas que abordarão temas estratégicos para a educação salesiana, como marketing educacional, inovação nos espaços de aprendizagem, inclusão por meio de bolsas, uso consciente da tecnologia, gestão financeira e os diferenciais da Educação Católica. Os participantes puderam escolher entre seis oficinas, distribuídas em dois blocos, com momentos de troca, reflexão e aprofundamento.  O encerramento do segundo dia acontecerá com a tradicional oração de Boa Noite, conduzida pelo Pe. Claudio Cartes, reafirmando o espírito salesiano e o compromisso com a missão educativa. Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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