09/02/2024

Celebração Litúrgica de Eusébia Palomino

Celebração Litúrgica de Eusébia Palomino
Foto: cgfmanet. org

Nascimento: 15/12/1899

Beatificado: 25/04/2004

Celebração Litúrgica: 09/02

 

Eusébia Palomino Yenes nasceu em 15 de dezembro de 1899, em Cantalpino, pequeno povoado da província de Salamanca (Espanha), numa família muito rica de fé quanto escassa de meios. O pai Agostinho, homem de grande bondade e doçura, trabalha como operário sazonal a serviço dos proprietários de terras dos arredores, enquanto a mãe, Joana Yenes, cuida da casa com os quatro filhos. No inverno, o campo repousa, o trabalho vem a faltar e o pão escasseia. Então, papai Palomino vê-se obrigado a pedir ajuda à caridade de outros pobres dos pequenos povoados da região. Às vezes, ele se faz acompanhar pela pequena Eusébia, de apenas sete anos, incapaz de perceber o preço de certas humilhações; alegra-se com aquelas caminhadas por veredas agrestes e pula alegremente ao lado do pai que a faz admirar as belezas da criação, a luminosidade da paisagem de Castela, descobrindo argumentos catequéticos que a encantam. Depois, chegando a alguma propriedade rural, sorri às boas pessoas que a acolhem, e pede “um pão pelo amor de Deus”.

O primeiro encontro com Jesus na Eucaristia, aos oito anos de idade, dá à menina uma surpreendente percepção do significado de pertencer ao Senhor e oferecer-se totalmente como dom a Ele. Bem cedo, deixa a escola para ajudar a família e dá provas de maturidade precoce ao cuidar – sendo ela mesma uma criança – dos filhos de algumas famílias do lugar, enquanto os pais estão no trabalho; aos doze anos, vai para Salamanca com a irmã mais velha, pondo-se a serviço de uma família como “babá faz-de-tudo”. Nas tardes de domingo, frequentando o oratório festivo das Filhas de Maria Auxiliadora, conhece as irmãs, que decidem pedir a sua colaboração na comunidade. Eusébia aceita mais do que feliz e põe-se logo ao serviço: ajuda na cozinha, carrega a lenha, provê à limpeza da casa, estende a roupa no grande pátio, acompanha o grupo de estudantes à escola estatal e trata de outras incumbências na cidade.

O desejo secreto de Eusébia de consagrar-se inteiramente ao Senhor inflama e reforça, agora mais do que nunca, todas as suas orações, todas as suas atividades. Ela diz: “Se fizer os meus deveres com diligência, agradarei à Virgem Maria e um dia conseguirei ser sua filha no Instituto”. Não ousa pedi-lo, pela pobreza e falta de instrução; nem se acha digna de tal graça, uma vez que se trata de uma congregação tão grande, pensa. A superiora-visitadora, a quem confidenciou o assunto, acolhe-a com materna bondade e garante: “Não te preocupes com nada”. E, de bom grado, decide admiti-la em nome da Madre Geral.

Em 5 de agosto de 1922, inicia o noviciado em preparação à profissão. Horas de estudo e de oração alternadas com o trabalho cadenciam os dias de Eusébia, que vive no auge da alegria. Após dois anos, em 1924, emite os votos religiosos que a vinculam ao amor do seu Senhor. É enviada à casa de Valverde del Camino, pequena cidade que, nessa época, conta 9 mil habitantes, no extremo sudoeste da Espanha, na região de mineração da Andaluzia, na direção dos limites com Portugal. As jovens da escola e do oratório, no primeiro encontro, não escondem certa desilusão: a recém-chegada é um tanto insignificante, pequena e pálida, não é bonita, tem mãos grossas e, além disso, tem um nome horrível.

Na manhã seguinte, a pequena freira está no local de trabalho, trabalho multiforme que a ocupa na cozinha, na portaria, na rouparia, no cuidado da pequena horta e na assistência das meninas do oratório festivo. Alegra-se por “estar na casa do Senhor por todos os dias da vida”. Esta é a situação “real” da qual se sente honrado o seu espírito que habita as esferas mais elevadas do amor. As meninas logo se deixam prender pelas narrações de fatos missionários, da vida de santos, de episódios de devoção mariana, ou de fatos sobre Dom Bosco, que recorda graças à feliz memória e sabe tornar atraentes e incisivos com a força do seu sentimento convicto, da sua fé simples.

Tudo na Ir. Eusébia reflete o amor de Deus e o desejo intenso de fazer com que sejam amados; suas jornadas de trabalho são uma contínua transparência disso, confirmadas pelos temas prediletos de suas conversas: primeiramente, o amor de Jesus por todos os homens, salvos pela sua Paixão. As Santas Chagas de Jesus são o livro que Ir. Eusébia lê todos os dias. Tira delas pontos didáticos através de uma simples “coroinha”, que aconselha a todos, também com frequentes acenos. Em suas cartas, faz-se apóstola da devoção ao “Amor misericordioso”, segundo as revelações de Jesus à religiosa polonesa, hoje santa, Faustina Kowalska, divulgadas na Espanha pelo dominicano Pe. João Arintero.

O outro “polo” da piedade vivida e da catequese da Ir. Eusébia é constituído pela “Verdadeira Devoção Mariana”, ensinada pelo santo francês Luís Maria Grignon de Montfort. Esta será a alma e a arma do apostolado da Ir. Eusébia ao longo da sua breve existência. Destinatárias são as meninas, as jovens, as mães de família, os seminaristas e os sacerdotes. “Talvez não tenha havido um único pároco em toda a Espanha – fala-se disso nos Processos – que não tenha recebido uma carta da Ir. Eusébia a propósito da ‘escravidão mariana’”.

Quando, no início dos anos 30, a Espanha entra nas convulsões da revolução pelo furor dos sem-Deus decididos a destruir a religião, Ir. Eusébia não hesita em levar às extremas consequências o princípio da “disponibilidade”, literalmente pronta a despojar-se de tudo. Oferece-se ao Senhor como vítima pela salvação da Espanha, pela liberdade da religião. A vítima é aceita por Deus. Em agosto de 1932, um imprevisto mal-estar e os primeiros sintomas. Depois, a asma, que em momentos alternados a tinha perturbado, começa agora a atormentá-la até os níveis de tornar-se intolerável, agravada por vários mal-estares surgidos de modo insidioso.

Nesse tempo, visões de sangue angustiam Ir. Eusébia ainda mais do que os inexplicáveis males físicos. Em 4 de outubro de 1934, enquanto algumas coirmãs rezam com ela no quartinho do seu sacrifício, interrompe-as e torna-se pálida: “Rezem muito pela Catalunha”. É o momento inicial da sublevação operária nas Astúrias e catalã em Barcelona (4-15 de outubro de 1934) que serão chamadas de “antecipação reveladora”. Visão de sangue também sobre a sua querida diretora, Ir. Carmem Moreno Benitez, que será fuzilada com outra coirmã em 6 de setembro de 1936 e, em 2001, depois do reconhecimento do martírio, será declarada beata.

Nesse ínterim, agravam-se as doenças de Ir. Eusébia. O médico admite não saber definir a doença que, acrescentada à asma, faz com que seus membros se deformem, fazendo com que se pareça com uma bola de lã. Quem a visita sente a força moral e a luz de santidade que irradia daqueles pobres membros doloridos, deixando absolutamente intacta a lucidez do pensamento, a delicadeza dos sentimentos e a gentileza do trato. Às irmãs que a assistem, promete: “Voltarei para fazer os meus passeios”.

No coração da noite entre 9 e 10 de fevereiro de 1935, Ir. Eusébia parece adormecer serenamente. Ao longo do dia, seus frágeis despojos, adornados de muitíssimas flores, são visitados por toda a população de Valverde. De todos, a mesma expressão: “Morreu uma santa”.

 

GUIAS SEGURAS DE EUSÉBIA PALOMINO

Um aprofundamento sobre o acompanhamento das jovens “Santas, Beatas, Veneráveis e Servas de Deus no Instituto das FMA” sobre a Beata Eusébia Palomino

Em linha com o Sínodo sobre: Os jovens, a fé e o discernimento vocacional (cf. Instrumento de Trabalho nºs 213-214), partilha-se no mês de fevereiro a quinta reflexão sobre o percurso de acompanhamento na juventude das Santas, Beatas, Veneráveis e Servas de Deus. 

A vida de Eusébia decorre num horizonte bem definido: a companhia constante de Jesus e Maria, faróis que iluminam todo o percurso da sua história, a partir das primeiras experiências na família.

Entre as pessoas que acompanharam o percurso formativo de Eusébia, os pais aparecem como “mediação” fundamental. Da sua viva voz, colhemos toda a incidência que eles tiveram até à sua juventude: «Dos meus primeiros anos eu só me recordo que, numa missão realizada na minha aldeia, íamos todos à igreja, ou seja, os meus pais e nós as três, e, como na altura ainda não havia luz elétrica na minha terra, o meu pai levava uma tocha numa mão e, com a outra, segurava-me perto dele. A minha mãe, com a minha irmã Antónia, que era muito pequena, levava-a nos braços e dava a mão à Dolores, e íamos para a igreja. No caminho de regresso, o pai esperava por nós à porta com a tocha e voltávamos para a nossa casa».

É muito expressiva a imagem da chama nas mãos do pai que acompanha a pequena família e, de noite, ilumina o caminho. Um símbolo de quanto o pai Agostinho era para sua filha: o guia, o sábio que a iluminou e apoiou o crescimento e gravou nela os valores indeléveis que construíram a sua personalidade de mulher com um coração grande, totalmente entregue a Deus e aos outros.

Numa bela foto de família, Eusébia descreve alguns momentos passados na companhia dos pais e irmãs: «Quando aprendi as primeiras letras do alfabeto e comecei a unir as sílabas, à noite, o meu pai, segurando o livro das sílabas nas suas mãos, ensinava-me e também às minhas irmãs. […]  No inverno, como anoitecia mais cedo, e minha mãe consertava a roupa, o nosso pai sentava-nos sobre os seus joelhos e ensinava-nos a rezar. Também nos ensinava a Sagrada Escritura, contava-nos a história de Moisés, os sonhos do Faraó […] e outros factos das Escrituras».

Ambos, pai e mãe, colaboram juntos na educação de suas filhas: «Tanto o meu pai como a minha mãe eram muito cuidadosos e atentos para que nós fôssemos boas e muitas vezes o inculcavam, dizendo: “mesmo que sejamos pobres, quero que sejam jovens honradas, portanto, nunca estendais a mão para alguma coisa que não seja vossa, e se encontrarem algo, entregai-o imediatamente ao dono e respeitai o que não é vosso; sede obedientes e respeitadoras com todos». Da sua mãe, ela salienta, sobretudo, que lhe «perguntava sempre com quem eu tinha estado ou quem tinha vindo comigo ao regressar da casa onde eu costumava fazer os serviços durante o dia, coisa que nunca lhe escondi. […] E, então, ela dava-me os conselhos que achava oportunos e eu procurava obedecer-lhe».

A confiança que ela depositava na sua mãe, Joana, tornou-se depois pela vida fora, na vida de Eusébia em total confiança em Maria, a Mãe de quem ela pôde afirmar: «Tudo aquilo que eu peço a Nossa Senhora, Ela concede-me”. Sentia em Maria a mãe que não pode abandonar os seus filhos, sobretudo aqueles que estão com problemas e se entregam a Ela com uma oração cheia de amor e de fé.

Eusébia, “acompanhada” de modo singular, será ela própria uma guia especializada que acompanhará muitos jovens, crianças e pessoas que a ela acorrem, atraídas pelo encanto de uma santidade simples e quotidiana.

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Confira o Acervo Salesiano no portal da RSB e conheça mais sobre as personalidades da Santidade Salesiana. Acesse rsb.org.br/acervo-salesiano/santidade-salesiana

 

MAIS MATERIAIS

Confira Imagens de Ir. Eusébia Palomino clicando aqui.

Confira o livro “Eusébia Palomino”, escrito por Dilza Maria Moreira que conta, com mais profundidade, a história de vida desta irmã salesiana. Clique aqui.

Fonte: cgfma.net e sdb.org.br

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ENARSE/ENEL 2025: Terceiro dia é marcado por visitas, encontros, espiritualidade e design de futuros na jornada salesiana

O terceiro dia do ENARSE/ENEL 2025 começou com intensidade e espírito de comunhão. Sob a condução de Ana Cristina Sofiati, gestora pedagógica da Inspetoria São Pio X, e Maria Elvira Menegassi, coordenadora das escolas da mesma inspetoria, os participantes foram convidados a iniciar a jornada com um momento de espiritualidade, pedindo a luz do Espírito Santo para iluminar cada passo das atividades programadas. Logo pela manhã, o destaque foi o workshop “Design de Futuros”, conduzido pelo educador, filósofo e facilitador Paulo Tomazinho. A atividade propôs uma imersão nas possibilidades de futuro para a Rede Salesiana Brasil, com base em metodologias ativas, práticas colaborativas e princípios do pensamento sistêmico. O objetivo foi provocar os participantes a pensar o futuro não como um destino inevitável, mas como um espaço de construção coletiva, guiado por escolhas conscientes e valores consistentes com o carisma salesiano. Tomazinho apresentou aos educadores e gestores presentes o conceito de futurabilidade, ou seja, a capacidade de imaginar, projetar e construir futuros desejáveis a partir do presente. Por meio da metodologia dos três horizontes, que considera o presente (H1), as tendências emergentes (H2) e as visões de longo prazo (H3), os grupos foram desafiados a identificar práticas que precisam ser ressignificadas, oportunidades que já estão em movimento e ideias inovadoras que podem sustentar a missão salesiana nas próximas décadas. Ao longo do workshop, destacou-se a importância de ampliar o olhar, promovendo um deslocamento das preocupações imediatas para uma visão estratégica, inspiradora e propositiva. Nesse sentido, a atividade também reforçou a necessidade de se cultivar a escuta ativa, o diálogo interinspetorial e o protagonismo das juventudes, como elementos fundamentais para garantir relevância e vitalidade à ação educativa e evangelizadora da RSB no cenário contemporâneo. O “Design de Futuros” não buscou oferecer respostas prontas, mas sim provocar perguntas transformadoras: Que sinais de mudança já estão entre nós? Quais valores nos guiam na hora de tomar decisões? Que mundo queremos ajudar a formar a partir de nossas escolas, obras sociais e ambientes pastorais? Como garantir que os sonhos de Dom Bosco e Madre Mazzarello permaneçam vivos em um mundo em constante transformação? O clima de envolvimento foi marcado por criatividade, esperança e compromisso com a missão. Os participantes saíram do workshop com novas perspectivas e propostas, prontas para serem aprofundadas e desenvolvidas nos contextos locais de cada obra. Tarde de visitas guiadas - À tarde, cada participante terá a oportunidade de escolher uma das visitas guiadas inscritas previamente: Memorial das Filhas de Maria Auxiliadora (Guaratinguetá/SP) Réplica da casa de São João Bosco (Obra Social de Pindamonhangaba/SP) Santuário Nacional de Aparecida (Aparecida/SP) Estas experiências promoveram um encontro vivo com a história da Família Salesiana e com testemunhos de fé que inspiram nossa missão educativa. Encerramento em oração e fé - Para concluir o terceiro dia, reuniu-se o grupo às 18h00 no Santuário Nacional de Aparecida/SP para a Santa Missa. Celebrada em comunhão com a Mãe Aparecida, a Eucaristia foi ponto alto de espiritualidade, renovando nosso compromisso de ser, como Dom Bosco desejou, “bom cristão e honesto cidadão”.  

ENARSE/ENEL 2025: uma tarde de aprofundamento, inspiração e conexão com a missão educativa salesiana, neste segundo dia de evento

A tarde do segundo dia do Enarse/Enel 2025 foi marcada por vivências intensas de formação, troca de experiências e fortalecimento dos compromissos com a educação de excelência e com os valores do carisma salesiano. Logo após o almoço, os participantes se dirigiram ao Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida para uma rica programação de oficinas temáticas, organizadas em dois blocos: das 14h30 às 16h00 e outro das 16h30 às 18h00. Com seis diferentes temas, as oficinas ofereceram aos educadores e gestores uma oportunidade de aprofundamento em áreas estratégicas para o presente e o futuro da escola salesiana. Conheça um pouco mais sobre as oficinas: A oficina "Consolidando marcas fortes", conduzida por Andrea Tavares, destacou a importância da unidade em rede e da mensuração de resultados nas ações de comunicação e posicionamento das escolas salesianas. Andrea enfatizou que a gestão de branding vai muito além da identidade visual, abrangendo o conjunto de ações cotidianas que fortalecem a marca institucional. “Branding está diretamente ligado ao que fazemos todos os dias. Como unidades de uma mesma rede, tudo o que promovemos — seja em nível de estratégia, fidelização ou matrícula — repercute fortemente no coletivo. Quando o branding é trabalhado de forma estratégica e qualificada, conseguimos não apenas aumentar o valor da nossa marca, mas também garantir sustentabilidade e fidelização”, destacou Andrea, reforçando a força da atuação em rede. "Mais que uma escola", ministrada por Gregory Rial, da ANEC, apresentou como os diferenciais da Educação Católica são fundamentais para preparar os estudantes para um mundo em constante transformação. Ao falar sobre a identidade católica em instituições confessionais, ele reforça que ela "pode se tornar relevante e transformadora no nosso tempo, que é marcado por enorme fragmentação da vida humana e das relações sociais a partir do momento em que ela se entende portadora da mensagem do Evangelho de Jesus. "Da sala de aula tradicional ao espaço inovador", a oficina conduzida por Elisabete Castanheira convidou os participantes a repensarem o design dos ambientes escolares como ferramentas de engajamento e criatividade. “As oficinas foram muito interessantes, pois trabalhamos com um conceito lúdico que proporcionou uma interação prazerosa com os elementos disponíveis”, destacou. Ela acrescentou ainda que, para comunicar com eficácia entre as diferentes gerações, é essencial saber contextualizar as mensagens e as propostas educativas de forma sensível e atualizada. A palestra "Educar com conexão", conduzida por Roberta Freitas, trouxe reflexões importantes sobre o uso consciente da tecnologia em sala de aula, demonstrando que o celular, longe de ser apenas um vilão, pode se tornar um valioso aliado pedagógico quando utilizado com responsabilidade e dentro dos limites legais.  “O celular não é somente um inimigo. Ele pode ser um grande aliado no aprendizado, na construção de conhecimento, na conexão entre os nossos estudantes e, também, na avaliação do conhecimento produzido”, destacou Roberta, ao abordar o tema com exemplos práticos e embasamento pedagógico. A atividade "Por uma política de bolsas na perspectiva da inclusão", conduzida por Dr. Hugo Sarubbi e Dra. 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Por isso, é essencial manter a documentação exigida, transformar essas informações em dados contábeis confiáveis e alinhar-se sempre à legislação”, alertou. A oficina reforçou que, ao articular missão, legalidade e planejamento, é possível consolidar uma política de bolsas verdadeiramente inclusiva, sustentável e coerente com os valores salesianos. A oficina "Gestão financeira e inovação", conduzida por Renato Rocha, apresentou estratégias para que as escolas salesianas avancem rumo a uma gestão mais sustentável, inovadora e de alta performance, sem se distanciar de sua missão educativa e evangelizadora. “Um grande recado que fica da nossa oficina é a importância do alinhamento entre a visão de longo prazo das nossas instituições e o planejamento orçamentário. Todas as nossas escolhas, alocações e captações de recursos devem estar conectadas com essa visão de futuro e com o desdobramento estratégico junto a todos os times das nossas escolas”, destacou Renato, reforçando a necessidade de uma gestão integrada, consciente e orientada por propósito. Encontro, convivência e espiritualidade - Entre os dois blocos de oficinas, os participantes foram acolhidos com um momento de confraternização e descanso durante o coffee break, no foyer do centro de eventos. O clima de amizade e partilha, tão característico dos encontros salesianos, esteve presente também nesse intervalo, favorecendo o networking e o reencontro entre educadores de diferentes partes do país. A programação da tarde foi encerrada com um profundo momento de espiritualidade. Às 18h15, o Pe. 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ENARSE/ENEL 2025: Manhã do segundo dia é marcada por reflexões sobre liderança, inovação e identidade da escola católica

O segundo dia do Enarse/Enel 2025, realizado no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), foi marcado por momentos de espiritualidade, partilha e aprofundamento sobre temas centrais para o futuro da educação católica no Brasil. A jornada teve início com a tradicional acolhida e oração, conduzidas pelo Pe. Hermenegildo da Silva, coordenador das Escolas da Inspetoria Santo Afonso Maria de Ligório, e por Valéria Rodrigues, coordenadora das Escolas da Inspetoria Nossa Senhora Auxiliadora. “Hoje iniciamos com gratidão e esperança este encontro que reúne lideranças apaixonadas pela missão de educar e evangelizar à maneira de Dom Bosco e Madre Mazzarelo”, disse Valéria no início momento de oração.  Pe Hermenegildo, por sua vez, nos lembrou que “Cada rosto aqui representa uma história de amor à juventude, de serviço comprometido, de esperança ativa” dando as boas vindas aos presentes. O momento foi concluído com uma oração ao Espírito Santo, pedindo para que todos juntos possam viver o encontro com abertura, leveza e compromisso. “Sentimos a beleza de sermos educadores salesianos, chamados a viver com paixão a missão de formar corações e transformar realidades”, diz um trecho da oração. A espiritualidade salesiana, mais uma vez, iluminou os caminhos trilhados ao longo do dia. Mercado educacional e liderança - A manhã do evento foi marcada pela conferência “Mercado educacional e liderança: compreender o cliente para gerar valor nas escolas”, conduzida inicialmente por Renato Rocha. Em sua palestra, o especialista destacou a importância de "enxergar a escola não apenas como uma prestadora de serviços educacionais, mas como uma promotora de experiências significativas para alunos e famílias". Rocha apresentou dados que revelam mudanças no perfil das famílias brasileiras, reforçando que compreender as novas demandas e expectativas é essencial para manter a competitividade. Entre os pontos centrais, destacou-se a necessidade de escuta ativa, personalização no atendimento e fortalecimento da proposta pedagógica como diferenciais estratégicos no atual cenário educacional. Na sequência, Pe. Sérgio Augusto Baldin e Anderson Leal promoveram uma dinâmica que convidou os participantes a analisarem o mercado educacional brasileiro a partir de um jogo interativo. A atividade trouxe à tona temas cruciais, como a escuta qualificada das famílias, a importância de uma proposta pedagógica clara e coerente, além da adoção de uma gestão estratégica focada em sustentabilidade e inovação. O painel instiga reflexões sobre o papel do gestor escolar como um líder inspirador, capaz de fomentar uma cultura de excelência, diálogo e constante evolução. Tarde do segundo dia - A parte da tarde do Enarse/Enel 2025 será dedicada a oficinas temáticas que abordarão temas estratégicos para a educação salesiana, como marketing educacional, inovação nos espaços de aprendizagem, inclusão por meio de bolsas, uso consciente da tecnologia, gestão financeira e os diferenciais da Educação Católica. Os participantes puderam escolher entre seis oficinas, distribuídas em dois blocos, com momentos de troca, reflexão e aprofundamento.  O encerramento do segundo dia acontecerá com a tradicional oração de Boa Noite, conduzida pelo Pe. Claudio Cartes, reafirmando o espírito salesiano e o compromisso com a missão educativa. Angélica Novais da Comunicação da Rede Salesiana Brasil

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