14º ENCIS fortalece o trabalho das FMA nos Meios Populares
25/09/2023

14º ENCIS fortalece o trabalho das FMA nos Meios Populares

14º ENCIS fortalece o trabalho das FMA nos Meios Populares

De 21 a 24 de setembro, a Casa de Retiros Assunção, em Brasília (DF), sediou o 14º Encontro Nacional das Comunidades Inseridas nos Meios Populares (ENCIS). Este ano, o evento trouxe o tema “Em SINODALIDADE, atuar com coragem na realidade social e eclesial, sendo Mornese em saída, rumo às periferias a favor da vida” e reuniu representantes das 4 Inspetorias Salesiana das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) do Brasil, entre inspetoras, formadoras, formandas e irmãs salesianas cuja missão está inserida nos meios populares.

Quando perguntada sobre quais seriam as expectativas de contribuição do ENCIS dentro das Inspetorias, Ir. Amélia de Assis Castro, responsável pela coordenação do evento, responde: “A partir desse encontro é a renovação de vida, da missão, da missão enquanto irmãs inseridas nos meios populares; mas renovadas, com mais entusiasmo, com mais vontade de acertar, porque para trabalhar com o povo, com adolescentes, com crianças, [...] você tem que estar sempre buscando renovar, buscando: ‘O que a Igreja está pensando?’, ‘Qual é a orientação da Igreja?’, ‘Qual que é a orientação da congregação?’, ‘Qual é a nossa orientação como Brasil?’. Então daqui nós vamos tirar quais são os encaminhamentos”, diz Ir. Amélia.

O primeiro dia do 14º ENCIS contou com a presença da Visitadora e Referente da Conferência Interinspetorial das Filhas de Maria Auxiliadora do Brasil (CIB) junto ao Conselho Geral de Roma, Ir. Paola Battagliola, a qual fez uma participação na abertura. A acolhida foi protagonizada pela Ir. Teresinha Ambrosim e, após o jantar, sob o comando da Ir. Madalena Scaramussa, o grupo fez memória do último encontro, ocorrido em 2019, além de terem uma visão geral da programação e combinados, com a Ir. Amélia Castro.

Já o segundo dia contou com a presença do Sociólogo da Vicariato Episcopal para Ação Social, Política e Ambiental, Frederico Santana Rick, o qual, pela manhã e início da tarde, trouxe uma palestra de contextualização da Conjuntura brasileira. Após o almoço, sob o comando da Ir. Alaíde Deretti, as participantes contaram com a palestra “Mornese em saída rumo às periferias existenciais, na sinodadlidade”, além de uma iluminação bíblica com a Ir. Tea Frigério.

O penúltimo dia do 14º ENCIS contou com a Coordenação da  Ir. Orminda e, novamente com a Ir. Tea Frigério, o dia contou com mais uma iluminação bíblica.

Fechando o Encontro Nacional das Comunidades Inseridas, no domingo (24), o grupo fez um Tour pela cidade de Brasília, passando por monumentos históricos como a Catedral e a Torre de TV, além de uma visita ao Santuário Dom Bosco, onde as irmãs salesianas puderam visitar o cripta do Santo dos Jovens e a imagem de Madre Mazzarello, além de participarem da missa.

De volta às suas localidades, as expectativas são grandes: “Eu acredito que as que vieram aqui, chegando [de volta], vão trabalhar na comunidade com as demais que não puderam vir, envolvendo todo mundo para que, realmente, o ENCIS não fique no papel, mas que seja transformado em vida”, comenta Ir. Amélia.

  

 

Conheça um pouco das Comunidades nas quais algumas Irmãs Salesianas que participaram do 14ª ENCIS estão inseridas:

 

Ir. Rita de Cássia Fonseca da Silva

Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia

Inserida nas Comunidades de Povos Indígenas (23 etnias)

 

“O Encontro do ENCIS é enriquecedor, porque ele traz uma realidade de Brasil, como está o andamento das várias realidades, porque o nosso Brasil é amplo. A nossa Inspetoria, Nossa Senhora da Amazônia, engloba 3 estados da região norte e só ali a gente já vê a dificuldade que é de encarar, de trabalhar as várias realidades lá. Eu, no caso, estou com os povos indígenas, então para mim é enriquecedor escutar, como eu escutei hoje, toda essa conjuntura de realidade do Brasil. [...] Essa articulação entre as irmãs, essa partilha de vida enriquece cada uma de nós [...] a gente tem que caminhar juntas no carisma salesiano, que é o nosso carisma, então é enriquecedor, porque a gente vai sair rumo às periferias das várias realidades. No nosso caso, a Inspetoria Nossa Senhora da Amazônia, mais ligada aos povos indígenas.

Um desafio muito grande que a gente está enfrentando agora é todo esse olhar que tem para o lado da Amazônia, mas de fato que não está chegando na base. Eles coletam assinaturas, coletam vários desafios que têm lá. Não sei de ondem vem as ONGs e aparecem tantos outros querendo ajudar que, de fato, lá mesmo no local, não chega essa ajuda. Então a gente tem um desafio muito grande de lutar com eles para que essa ajuda chegue lá, lá onde é preciso. Nós estamos só na calha do Rio Negro, tem outros indígenas nas calhas de outros rios que não recebem o mesmo apoio dos nossos, que estão na marcha, estão na luta, têm organizações, estavam aqui por Brasília caminhando na Marcha das Mulheres... e tem outros povos que são isolados, os que mais precisam e não chega. A Amazônia é enorme e os povos distribuídos nos rios tem muitos que não têm ainda nem contato. E a gente vê uma burocracia tão grande aqui fora e lá uma vida tão simples. É um contraste! Então é difícil, mas há a luz e quando a gente se encontra com as irmãs no 14º ENCIS, a gente sente uma luz que está sempre ali a caminho. Nós estamos caminhando como Inspetoria e a gente quer somar mais força ainda para fazermos algo mais firme, uma coisa que, de fato vai chegar nas bases.

A gente agradece à Rede [Rede Salesiana Brasil], porque ela contribui muito com os nossos projetos, caso contrário, não seria possível ter essa dinâmica lá com eles, porque é muito alto o valor das nossas viagens. Para eu ir para a minha comunidade, Pari-Cachoeira, são 350 litros de gasolina, mas aí, tenho que voltar e enfrentar agora, com os rios secos, duas cachoeiras brabas. Mas a gente enfrenta tudo.”

  

Ir. Maria Imelda V. Estrela

Inspetoria Madre Mazzarello

Favelas de Belford Roxo

 

“Eu cheguei a pouco tempo e estou tratando de vivenciar esta parte de unificação como nas outras inspetorias. Morei em Mato Grosso, com os indígenas, lá trabalhamos com os Xavanti e Bororo, e eu penso que agora a Inspetoria nova tem que acolher as diferentes realidades de jovens que temos, que são esta parte indígena, esta parte agora que conheci o Espírito Santo, a parte da universidade que é outro contexto diferente, a parte das obras sociais que também é muito diferente. Para mim, tem que abraçar todos os jovens nas diferentes características de onde eles se encontram e é um processo que todas nós temos que fazer [...] Agora, estou trabalhando no Rio de Janeiro, em uma favela de Belford Roxo, e é um conflito diferente, porque ali é bala e estão na pobreza intelectual e cultural muito forte. Chegam ali na obra social crianças de 09, 10, e agora 12 anos, que não sabem ler, escrever, algumas às vezes só o próprio nome e, para mim, isso foi um impacto muito forte. Mas também conheci o Espírito Santo onde temos Universidade e veio o nível, a relação é muito diferente, o ambiente onde as irmãs estão é outra qualidade de trabalho, outra sociedade, outro encontro e nós sempre devemos estar como Inspetoria preparadas.

Agora que estamos fazendo esse movimento de nos inculturar na cultura dos indígenas, dos pobres marginalizados e dos intelectuais que também têm essa pobreza do ambiente, da acolhida [...], não é diferente aquele que tem, daquele que não tem. É muito doloroso ver os jovens com as armas. Nós vemos muitos jovens que não têm essa parte de acompanhamento, estão no tráfico, nas drogas muito jovens. Por exemplo, Belford Roxo é muito difícil, inclusive para chamar um Uber, não querem ir, porque é uma situação muito difícil quando se iniciam os tiroteios e nós estamos lá no meio disso tudo. Então a obra social [Crescendo Juntos] é muito reconhecida. Eu vejo que os mesmos traficantes cuidam de nós e cuidam dos educadores, então eles já conhecem muito a obra das irmãs salesianas, mas também nós somos o rosto da igreja.”

 

Ir. Silvânia Cássia Pereira

Inspetoria Nossa Senhora Aparecida

Trabalho com mulheres na economia solidária

 

Esse encontro, depois de uma pandemia, de deixar as pessoas meio desestruturadas, sem esperança, vem trazer para a gente uma grande força, porque você conviveu em um mundo com medo dessa doença que desestabilizou a parte econômica de inúmeras pessoas, mas a gente sabe que engrandeceu a de outras. Então, o contexto diferente que você tem que entender e se depara, por exemplo, com uma realidade na qual eu vivo, [...] bastante pobre, uma pobreza bastante diferente daquilo que eu conheço de São Paulo, porque ali nós temos um programa grande que tem e existe em outros lugares.

Eu, por exemplo, preciso fazer um preparo mental onde eu atendo, onde a maioria são mulheres com seus filhos, em um bairro pobre do Rio Grande do Sul, e com muita depressão. A gente percebe que isso não acontece somente ali. É possível verificar que a maioria das pessoas que são depressivas não é só em uma classe desfavorecida que você vai encontrar, mas muito mais nessa classe, porque a violência doméstica é muito grande, como também a utilização de drogas. Quando você se depara com tudo isso e se pergunta: ‘onde eu vou buscar minha resistência? ’, é em um encontro igual a esse! A gente precisa, por exemplo, saber o que acontece no meio político, da nossa conjuntura atual e ver luz nesse caminho para fazer uma luta.

A gente tem nesse ENCIS uma pedagogia de conteúdo. A gente traz primeiro no ENCIS a história de como começou. O ENCIS na resistência das irmãs diante do trabalho nas periferias em todo o Brasil. Não é esquecido, é feito todo esse resgate da história! Isso dá muita força para quem já está e para quem está chegando agora. É possível ver uma juventude naquele local. São pessoas que vão clareando o que é essa análise de conjuntura para que nesse meio onde nós estamos, seja possível fortificar aquilo que é em defesa da vida, e não nos enganemos com outras coisas.   

Para mim, para a Inspetoria, é como se fosse uma luz. E nós temos irmãs na Inspetoria hoje que é a primeira vez que vieram para o ENCIS. É uma iluminação para o nosso trabalho ser mais aquilo que Dom Bosco quis que fossemos mesmo: ‘bons cristão e honestos cidadãos’, defender o direito, estar no meio do povo.

Nós somos chamadas a estar e a sofrer junto com o povo. A ter essa empatia para que a gente possa também ajudar, porque se você não tem empatia com o outro na realidade em que ele está, você não consegue dar força, pois nem tudo a agente consegue fazer. São realidades que a gente não consegue mudar, mas a sua presença é importante. Eu trabalho com mulheres na economia solidária e tem dias que elas falam assim: ‘Irmã, a senhora é igual Jesus Cristo, porque só se aproximou dos coxos e aleijados’, porque a maioria delas têm problemas de depressão e dores que desencadeiam outras coisas. Nessa realidade que estou, eu partilho que o que mais me interroga é o desejo desse grupo sofrido se fortalecer economicamente no Bolsa Família e em um afastamento de saúde. E parece que você diz assim: ‘parece que eu não estou fazendo nada, né?’, mas tudo tem o seu caminho!

Aquilo que a gente vivenciou hoje, da análise de conjuntura, fortalece a gente. E agora nós estamos falando da nossa realidade, de onde nós nascemos e qual foi esse caminho de resistência da própria fundadora juntamente com Dom Bosco. Assim que nos fortalecemos e respondemos aquilo que Dom Bosco quis da gente: um monumento vivo de gratidão a Nossa Senhora lá no meio do sofrimento.

Não que a gente não valorize – há uma diferença das classes – não é esse! Mas o olhar da gente deve ser para esse povo. E quando a gente está na escola, a gente tem que olhar de alguma forma esses jovens pois eles serão os nossos braços mais tarde para mudar uma sociedade.” 

 

Ir. Maria de Fátima Cunha

Inspetoria de Maria Auxiliadora

Comunidades Eclesiais de Base (CEB)

 

Esse é o 11º encontro que eu participo, encontro de periferias que eu estou. Eu tenho a sorte da Congregação me favorecer essa oportunidade de ser inserida no modo popular, que é um privilégio muito grade. Ao todo, eu tenho 30 anos trabalhando nas periferias de educação popular.

Eu quero dizer que a gente é uma escola de vida, pois trabalhar com o povo é uma escola de vida, essa cultura alegre, bem acolhedora. Eu, nordestina, sinto assim, uma cultura muito acolhedora, de festa, de alegria e de resistência em frente aos desafios e aos sofrimentos [...] É um aprendizado trabalhar e viver com esse público. Somos uma comunidade de três irmãs e a gente vivencia com eles uma simplicidade de vida, se encontrando em um mercadinho, na farmácia - isso quando tem farmácia no bairro - nas calçadas, às vezes a gente realiza um bate-papo e toma um café, pois essa acolhida é algo muito próprio deles.

São muitas lições de vida que nós encontramos e adquirimos e todo esse percurso, desde a minha formação, eu tive a oportunidade de estar com o povo, e eu digo que é voltar às minhas raízes, porque eu sou do povo, sou de comunidade simples, sou de uma família simples, de 10 filhos, sendo que sou a caçula, e resolvi ser a seguidora de Madre Mazzarello e Dom Bosco pela convivência com as irmãs no oratório. Eu sou uma vocação oratoriana e, chegando no meio do povo, eu sempre trabalhei em Comunidades Eclesiais de Base (CEB), e é lá que eu me identifico como irmã salesiana, porque esse novo jeito de ser igreja me encanta. É para a espiritualidade das CEB, da partilha da vida, da festa, da luta e da defesa da vida que eu estou aqui.

O encontro que estamos realizando hoje, esses encontros nacionais de comunidades inseridas no meio popular, só faz fortalecer a minha opção. Eu digo que a comunidade inserida, é uma terceira vocação. A minha primeira vocação é a vida, um dom de Deus. A segunda vocação é a religiosa salesiana. E a terceira é a vocação religiosa inserida no meio popular, que Deus me concedeu essa graça. Com mais de 40 anos de vida religiosa, eu peço a Deus para eu ser fiel ao meu povo até o fim, nessa luta, nesse desejo de devolvê-los a dignidade.

O nosso trabalho na Bahia, onde eu resido, isso na Diocese de Juazeiro da Bahia, tem atualmente passado por uma situação de injustiça e de negação de direitos ao povo, sobre tudo ao povo rural, pois nós trabalhamos mais na zona rural. Estamos na periferia da cidade, um bairro realmente abandonado [...], mas nós estamos ali juntamente com o povo. Eu sempre digo assim: porque o espírito da inserção é justamente encarnar-se, inserir, então o encarnar-se é exemplo do próprio Jesus Cristo que se encarnou no meio do povo. Ele quis se fazer gente no meio do povo. Essa proposta de vida é também estar no meio do povo e devolver a vida, a dignidade. É muito difícil! A Comunidade Ribeirinho está atravessando uma situação que exige de nós o profetismo. O bispo tem sido muito corajoso diante das invasões de pessoas que chegam nas terras já demarcadas, eles chegam e entregam papéis como se aquelas áreas já tivessem sido compradas, porque, abaixo da casa do povo, está descobrindo minério, e ficam dizendo ao povo que vai ter que sair.

É com esse povo que a gente está lutando, devolvendo a segurança e o direito de vida. Têm irmãs que trabalham com a juventude da diocese, outras na Infância Missionária e, também, trabalhamos na formação de leigos porque nós estamos devolvendo os leigos os dons que estão adormecidos, fazendo com que eles possam acordar, pois eles têm dons: como celebrantes da palavra e animadores de comunidades. Essa é a nossa proposta: fazer com que as pessoas tenham vez e voz. Dar voz ao povo como o profeta Isaias diz: ‘Nosso dever é dar voz ao povo’, de devolver a voz a cada um deles. Eu fico muito feliz porque estou no meio das pessoas onde a gente forma uma família com o povo. Estamos ali querendo somar, não estamos ali como professoras, estamos fazendo com eles, nesse caminho da sinodalidade.

Esses encontros nacionais só fazem nos fortalecer. É muito bom a gente perceber que outras irmãs, nessa caminhada, estão lutando pela partilha de vida. Quando se socializa experiências, isso nos enriquece, nos fortalece, e a gente ainda diz assim: quero mais anos de vida, para poder ser mais no meio do povo. Não fazer, pois a gente é no meio do povo! A gente só soma. Como salesiana, sou muito feliz!” 

Por Equipe de Comunicação da Rede Salesiana Brasil (RSB)

Mais Recentes

O Reitor-Mor renova o Sonho Missionário de Dom Bosco

Por ocasião de sua Visita de Animação aos Coirmãos Salesianos na Argentina, pelo Sesquicentenário da Chegada ali da Primeira Expedição Missionária Salesiana, o Reitor-Mor, P. Fábio Attard, viveu uma intensa jornada na sexta-feira, 12 de dezembro, reunindo-se e encontrando-se com Comunidades, Jovens e Responsáveis inspetoriais em clima de memória, gratidão, renovado impulso apostólico. A manhã iniciou em diálogo com os Inspetores P. Horacio Barbieri e P. Darío Perera e seus Conselhos inspetoriais [da Argentina Norte - ARN e Argentina Sul – ARS], na histórica Biblioteca da Casa Salesiana Dom Bosco, no bairro do Congresso, em Buenos Aires, presentes outrossim o Vigário do Reitor-Mor, P. Stefano Martoglio; o Conselheiro para as Missões, P. Jorge Crisafulli; e o Conselheiro para a Região América Cone Sul, P. Gabriel Romero. Aos Responsáveis locais foi apresentado um quadro da realidade salesiana no país e o Reitor-Mor convidou todos a “continuarem a acompanhar e a apoiar com coragem as realidades juvenis de hoje”, nas 100 obras ativas no território nacional. Enquanto isso, já iam chegando à Casa Inspetorial do vizinho bairro Almagro, os primeiros Grupos de jovens e Diretores provenientes de várias obras do país, prontos para participar do encontro nacional “Estamos Todos”, previsto para 13-14 de dezembro. À tarde, antes do encontro com os jovens, o Reitor-Mor e Conselheiros visitaram a Casa Salesiana ‘San Juan Bosco’, onde foram recebidos pelo Diretor, P. Antonio Fierens, pelo Bispo Dom Juan Carlos Romanín e pela Comunidade Salesiana envolvida na paróquia, no «Hogar de Cristo ‘Jorge Novak’» e nos serviços existentes na ‘Villa Itatí’. Posteriormente, o P. Attard dirigiu-se à Casa Salesiana “Nuestra Señora de la Guardia”, de Bernal, ‘ 1ª Casa de Formação Salesiana, na América ’. Ali defrontou-se com centenas de exultantes jovens, empenhados numa grande Festa intitulada “Celebramos nossa história, renovamos o sonho”, aberta por uma quase multicolorida murga carnavalesca, que o acompanhou até o palco, do histórico pátio. As comemorações foram seguidas por um momento de intenso silêncio para ouvir a primeira mensagem do Reitor-Mor: “A vossa presença alegre comunica esperança. Conhecer o passado permite-nos viver o futuro com a esperança que Dom Bosco nos deixou!”. Antes da Santa Missa, celebrada na Paróquia dedicada a Nossa Senhora ‘de la Guàrdia’, o P. Fábio Attard visitou a Capela interna da Casa, onde repousam os restos mortais do Bispo salesiano Dom Tiago Costamagna, um dos primeiros missionário na América do Sul. A Concelebração Eucarística foi enriquecida pela representação cênica de momentos-chave da Primeira Expedição Missionária. Na homilia, o Reitor-Mor recordou o essencial da vocação salesiana: “Em Deus, a vida encontra sentido. Precisamos da coragem da Fé e da força da Caridade. Só descobrindo o Amor de Deus, podemos transmiti-lo aos jovens!”. E acrescentou: “O Evangelho nos preenche de alegria e nos leva a também doar-nos, com júbilo, aos outros! ”. No final, respondeu às perguntas recolhidas nas redes sociais na campanha “O que você perguntaria ao Reitor-Mor?”, falando de sua vida e suas raízes; de tecnologia e de IA. “ Os jovens - afirmou - esperam por adultos autênticos. Autênticos e atentos!”. Fotos, cantos, danças, ceia comunitária encerraram a noite, que terminou à meia-noite, com a tradicional ‘boa-noite’ ministrada pelo do Reitor-Mor. O segundo dia do P. Attard na Argentina terminou assim em clima de entusiasmo e gratidão, preparando os grandes eventos de 13-14 de dezembro com que se comemora o início da dimensão missionária global, na Congregação Salesiana. Agência Info Salesiana

3º Domingo do Advento: O domingo da alegria

O 3º Domingo do Advento, conhecido como Domingo Gaudete (Alegria, em latim), é um momento especial de celebração e esperança durante a preparação para o Natal. Ele convida os cristãos a se alegrarem profundamente pela proximidade da chegada de Jesus, o Salvador. A liturgia deste dia utiliza a cor rosa, simbolizando a alegria e o regozijo que permeiam a expectativa do nascimento de Cristo. As leituras bíblicas reforçam esse sentimento. O apóstolo Paulo nos exorta: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Filipenses 4,4-5), enquanto o profeta Isaías anuncia: “Ele vem para salvar vocês” (Isaías 35,4). No contexto da espiritualidade salesiana, o 3º Domingo do Advento também é um chamado para irradiar alegria cristã, especialmente entre os jovens. A vivência dessa alegria, segundo Dom Bosco, é um sinal de um coração que vive em comunhão com Deus, comprometido em transformar o mundo com amor e esperança. Que neste domingo, todos possam experimentar a verdadeira alegria que nasce da fé e do encontro com Cristo.   Comunicação da Rede Salesiana Brasil

Formação das neo-Ecônomas Inspetoriais 2025

De 6 a 24 de novembro de 2025, 33 Filhas de Maria Auxiliadora provenientes de todo o mundo reuniram-se em Roma, na Casa Geral, para o Encontro de formação organizado pelo Âmbito da Administração do Instituto das FMA. As participantes eram 23 neo- ecônomas, 3 ecônomas presentes para atualização, 3 FMA que iniciarão o seu serviço em 2026 e 4 FMA que colaboram com o Economato inspetorial. A diversidade de procedência, cultura e experiência foi para todas uma grande riqueza, que favoreceu o espírito de pertença e as tornou conscientes do precioso e delicado serviço confiado a cada uma dentro de um Instituto que responde a uma necessidade educativa em nível mundial. O tema escolhido foi: “A economia do serviço, para uma economia que gera vida”.Para quem desempenha o serviço de ecônoma, é importante ter presente que, no centro da economia, deve estar a pessoa e que a administração deve ser vivida e realizada como ato de amor e fidelidade à missão. A correta administração dos bens deve favorecer a vida da comunidade, mas não pode deixar de levar em conta a vida e o futuro da missão. Durante todo o encontro, o trecho evangélico das bodas de Caná – “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5) – serviu de guia. Como Maria, também a ecônoma deve ser uma mulher atenta às necessidades, plenamente inserida no presente e solícita, “uma mulher cuidadosa, que se ocupa da felicidade dos outros; uma mulher que vive uma escuta profunda e responsável para colher as situações de necessidade quando falta o ‘vinho’, isto é, a alegria do amor, e levar Cristo, não com palavras, mas no serviço, na proximidade, com compaixão e ternura” (Cf. Papa Francisco, Encontro com as capitulares – 2021). As ecônomas foram então convidadas a viver todo o encontro com a atitude de: escutar a necessidade, acolher o milagre, agir com confiança para gerar vida. Os dias formativos foram coordenados pela Conselheira Geral da Administração, Ir. Ena Veralís Bolaños, com as colaboradoras do Âmbito, e foram sustentados pelas intervenções da Dra. Francesca Romana Busnelli – psicóloga do trabalho, docente da Pontifícia Faculdade de Ciências da Educação Auxilium, professora efetiva de Pedagogia Geral e diretora do Instituto de Metodologia Pedagógica da Universidade Pontifícia Salesiana – que soube animar o grupo, favorecendo a todas as participantes no conhecimento recíproco, em se sentir livres para se expressar, em experimentar a importância de viver relações serenas e construtivas e em colher a continuidade dos conteúdos recebidos dos diversos relatores. Particularmente interessante e significativa foi a intervenção da Superiora Geral, Madre Chiara Cazzuola, que falou sobre Sinodalidade e serviço:“Escolhi este tema porque uma ecônoma inspetorial é uma mulher consagrada, antes de tudo uma FMA feliz, que vive um serviço delicado e importante na comunidade inspetorial”, explicou. “Falo de serviço, não de poder porque, ao contrário da lógica do mundo em que a economia governa, impõe e programa crises, mudanças, tendências, para nós FMA economia significa sábia gestão e valorização dos recursos humanos e materiais e/ou financeiros a serviço do Carisma. E nunca é uma gestão solitária, mas sempre compartilhada e sinodal”. Durante os dias, também intervieram Ir. Grazia Loparco – historiadora do Instituto e docente na Faculdade Auxilium – e Pe. Pascual Chávez, SDB, Reitor-Mor emérito da Congregação Salesiana, que ajudaram a fazer uma leitura carismática dos temas tratados. O aprofundamento dos artigos das Constituições, proposto por Ir. Ena, assim como a precisa e motivada apresentação dos procedimentos utilizados pelo Instituto, feita pela Secretária Geral, Ir. Maria Luísa Nicastro, a reflexão sobre o Direito Canônico, feita por Ir. Kasińska Katarzina, e as intervenções das irmãs do Âmbito, favoreceram a reflexão sobre os critérios e fundamentos do serviço das ecônomas, fazendo crescer no senso de pertença. Não faltaram também algumas visitas formativas, como a do Borgo Laudato Si’, em Castel Gandolfo, onde as participantes puderam visitar os Jardins Pontifícios e conhecer o belo projeto de acolhida, sustentabilidade e economia circular, sonhado pelo Papa Francisco e inaugurado pelo Papa Leão XIV; e a visita ao Empório da Solidariedade da Cáritas de Roma, onde foram apresentados o modelo de distribuição solidária e os instrumentos adotados para enfrentar a pobreza alimentar numa grande cidade como Roma. Entre as experiências carismático-eclesiais, Ir. Francisca Caggiano, vice-Postuladora das Causas dos Santos, apresentou a exposição dedicada a Santa Maria Troncatti, inaugurada em outubro por ocasião de sua canonização. Seguiram-se a visita ao Museu Dom Bosco, em Roma, na sede central da Congregação Salesiana, a participação na Audiência com o Papa Leão XIV e a celebração do Jubileu, com a passagem pela Porta Santa na Basílica de São Pedro. Preciosas também foram as “boas noites” oferecidas por algumas conselheiras em sede. No final das jornadas formativas, realizou-se a avaliação, durante a qual as participantes puderam agradecer-se reciprocamente, partilhar suas reflexões e reconhecer todo o bem recebido durante as semanas de formação. O encontro concluiu-se com um jantar especial inspirado na festa das Bodas de Caná. Um agradecimento particular foi dirigido também à Ir. Carla Castellino, Diretora da Comunidade Maria Auxiliadora da Casa Geral, e a todas as irmãs, pela fina acolhida recebida. Para muitas das ecônomas presentes, o encontro prosseguiu com o itinerário carismático – de 25 a 29 de novembro – pelos lugares das origens, com visita ao Museo Museu das Expedições Missionárias de Gênova, inaugurado em 12 de novembro, a Mornese (AL), Nizza Monferrato (AT) e Turim. Em cada etapa houve oportunidade de encontrar-se com pessoas e/ou  novas experiências de formação, sustentabilidade e Instituto. A visita aos lugares salesianos e os encontros foram vividos como um novo chamado a renovar o Carisma e a missão, seguindo os passos de Dom Bosco e Madre Mazzarello. As mensagens expressas pelas participantes durante a avaliação e após o seu retorno à inspetoria, confirmam a positividade do encontro: Obrigada (…) a todas vós que amais não só os números, mas também a nossa comunidade e a nossa missão. O encontro de formação foi realmente uma experiência das bodas de Caná, onde Jesus encheu nossas talhas de vinho. Os relatores demonstraram grande empenho e preparação cuidadosa. O curso me ofereceu: conhecimentos preciosos, experiências práticas de gestão, motivação ao estudo, alegria, esperança e reconhecimento. Foram dias ricos de profundidade, formação, oração, experiências, crescimento e uma partilha fraterna que enriqueceu a todas. Um enorme obrigado à comunidade da Casa Geral pela acolhida e por ter compartilhado tão generosamente seu espaço, seus recursos e seus bens.   Site do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora - FMA

Receba as novidades no seu e-mail

O futuro que você merece

Siga a RSB nas redes sociais:

2025 © Rede Salesiana Brasil