12/05/2025

11º CommTalkS: Papa Francisco nas memórias de sua prima FMA

11º CommTalkS: Papa Francisco nas memórias de sua prima FMA

Está publicado o 11º vídeo dos CommTalkS, com o testemunho de Irmã Ana Rosa Sivori, FMA, prima do Papa Francisco

No 11º vídeo dos CommTalkS, iniciativa do Âmbito de Comunicação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, com o objetivo de criar uma visão compartilhada da cultura da comunicação, Irmã Ana Rosa Sivori, FMA, relata suas memórias ligadas ao primo Jorge Mário Bergoglio.

Missionária há 60 anos na Inspetoria Santa Maria Mazzarello (THA), Irmã Ana Rosa chegou de Roma, de Bang Pong, Ratchaburi, na Tailândia, para participar da Celebração das exéquias do Papa Francisco, em 26 de abril de 2025.

Com ele, em Buenos Aires, na Argentina, compartilhou a infância, pois suas famílias eram muito próximas: o avô materno de Ana Rosa e a mãe de Jorge eram irmãos; a mãe dele se chamava Bergoglio Sivori. A avó, Rosa, era genovesa e casou-se com um piemontês. Emigraram para a Argentina porque, depois da guerra, havia muita fome e tudo estava destruído.

Como era Jorge quando criança? 
Era o mais velho de cinco irmãos, três meninos e duas meninas, todos batizados, assim como os três primos Sivori, na Basílica de Maria Auxiliadora de Buenos Aires. Desde pequeno era bastante tranquilo, mas já muito atento às necessidades dos outros.

Quando nasceu a irmã mais nova, a mãe de Jorge adoeceu; por isso ele, que estava no primeiro ano do ensino médio, foi estudar com os Salesianos de Dom Bosco, enquanto a irmã Marta foi para as FMA, onde a irmã Ana Rosa estudava. Os Salesianos tinham como missão cuidar das famílias migrantes, e os jovens frequentavam o oratório, jogavam futebol, paixão que o Papa Francisco, torcedor do San Lorenzo, sempre teve.

Jorge gostava de passar tempo com a avó Rosa, que lhe ensinou as orações, o catecismo e o amor à Nossa Senhora. Todo dia 24 do mês, ia à Basílica, onde há uma estátua de Maria Auxiliadora, abençoada por Dom Bosco e trazida por Dom João Cagliero da Itália. Em 24 de maio, normalmente ele era chamado para celebrar a Eucaristia na Festa de Maria Auxiliadora.

O pai de Ana Rosa gostava muito de Jorge, a ponto de dizer a todos: “Lembrai-vos bem: este sacerdote um dia será Papa.”  Irmã Ana Rosa, em 1965, após a Profissão Religiosa, partiu para a missão, enquanto ele, em 1969, foi ordenado sacerdote jesuíta.

Com a morte do Arcebispo de Buenos Aires (em 3 de junho de 1997), Padre Jorge tornou-se imediatamente Arcebispo. Em 21 de fevereiro de 2001, João Paulo II criou-o Cardeal, e o irmão organiza a viagem para toda a família, 35 pessoas. Irmã Ana Rosa chega da Tailândia.

Quando foi eleito Papa, Irmã Ana Rosa foi a única da família presente, com uma viagem organizada pelo Núncio Apostólico, pois ele mesmo não quis que os familiares fossem à Itália, preferindo que economizassem o dinheiro para ajudar os pobres.

Durante a viagem apostólica à Tailândia, de 19 a 22 de novembro de 2019, o Papa Francisco pediu que Irmã Ana Rosa ficasse ao seu lado o tempo todo. “A visita à Tailândia foi muito bonita, porque é uma nação budista e todos estavam felizes em ver o Papa. Ele incentivou muito a união entre as religiões.”

Ela recebeu uma única ligação do Papa Francisco há dois anos, quando estava doente, pois ele ligava para quem “realmente precisava”. Mas lhe escrevia cartas, “com sua letrinha pequena”,  em que se dirigia a ela chamando-a Ana Rosa Francisca: “porque meu pai era muito devoto de São Francisco de Assis, e também tinha isso em comum com ele”.

No dia 21 de abril, quando soube da notícia de sua morte, para Irmã Ana Rosa foi “um choque”, pois achava que, ao sair do hospital, o Senhor lhe daria ainda um pouco de tempo “para terminar todas as coisas boas que Ele queria”.

E agora? “Ainda não me parece real. Fui a Santa Maria Maior e, diante daquele mármore branco, daquela cruz lá no alto, senti algo que não é possível explicar. Sei que ele está no Paraíso e tenho certeza de que, do Paraíso, nos ajudará e estará conosco muito mais do que antes… porque agora ele está livre, e o que fará não será por ele, mas pela humanidade, por todos os homens… todos, todos, todos.”

Confira o episódio abaixo:

 

 

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